Pernambuco 247 – O presidenciável e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), confirmou a possibilidade de comparecer ao Fórum Econômico Mundial, que ocorrerá entre os dias 22 e 25 de janeiro, na cidade de Davos, na Suíça. Durante visita ao Hospital do Câncer, o gestor disse estar "dependendo de dona Renata", em referência à sua esposa, Renata Campos, que está grávida do quinto filho, no sétimo mês de gestação.
Quem também comparecerá ao encontro é a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra de Meio Ambiente Marina Silva (PSB), cotada para ser vice no governador na eleição presidencial de 2014. Caso o governador marque presença do encontro, será a primeira vez que as três lideranças políticas se encontrarão num mesmo evento após a legenda socialista entregar os cargos que possuía no governo federal em decorrência do projeto nacional de Campos.
Nos anos anteriores, quem representava a presidente no encontro era o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Entretanto, a representação de Mantega não seria mais suficiente para passar a mensagem desejada pela gestora. A petista deverá realizar um discurso oficial durante o fórum, e conversar com banqueiros e empresários principalmente acerca do êxito da política de concessões realizada pelo governo federal, para tentar extinguir a desconfiança do empresariado no mercado brasileiro e da imprensa, inclusive de veículos como a revista The Economist.
Por sua vez, o chefe do Executivo pernambucano esteve em Londres, no começo do mês passado, em palestra para cerca de 200 empresários e investidores da capital inglesa. O gestor disse, por exemplo, que a sociedade está na era digital, porém o Estado é, muitas vezes, "analógico", ao defender uma nova maneira de se governar um País, focada em resultados, estabilidade econômica e melhoria da qualidade dos serviços públicos.
O possível encontro entre as três personalidades deixa a expectativa sobre qual a linha de discurso a ser adotado por Campos e Marina, sobretudo pelo gestor. Além disso, com Dilma no lugar de Mantega, a tendência é que haja uma defesa mais contundente do atual governo, o que pode gerar, também, um contra-ataque mais contundente de Campos e de Marina frente a empresários estrangeiros.