Sávio Gabriel
Diário de Pernambuco
Esqueça as horas perdidas no trânsito ou a preocupação com o horário de bater o ponto. Em busca de novos diferenciais, algumas empresas vêm adotando políticas de flexibilidade para seus funcionários. Elas vão da implantação do sistema home office (quando o trabalhador desenvolve as atividades de casa) a uma maior tolerância no que diz respeito aos horários dos profissionais. Apesar das facilidades, disciplina e dedicação são palavras-chave para se adaptar aos novos formatos.
O designer Rafael Tenório, 23, é um dos profissionais com essa maior liberdade. Funcionário de uma empresa que atua na área literária, ele desenvolve diversas atividades. “Sou o responsável pela criação do conceito do produto, pelas ilustrações, embalagens. Também vejo questões relacionadas ao material utilizado e ao orçamento.” E ele faz tudo isso de casa, através do computador. “Inicio o expediente entre 10h30 e 11h, tiro uma hora de almoço e sigo até às 18h”, explica o jovem, que cumpre uma carga horária de seis horas por dia.
Quando não está em casa, Rafael leva seu computador e “monta” o escritório em cafeterias. “É muito prático. Esse formato é muito bom, porque eu tenho mais liberdade, o que me ajuda no processo criativo. Se precisasse ir ao escritório todos os dias, gastaria duas horas no trânsito”, afirma. Mesmo trabalhando em casa, ele e a equipe se reúnem presencialmente, quando necessário. “Nesses encontros, fazemos planejamentos e também analisamos as demandas que surgem.”
Com 474 funcionários, o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) mantém dez colaboradores em sistema home office. “Depende muito do tipo de atividade que o profissional tem. Além disso, analisamos todo o perfil do funcionário, para saber se ele vai cumprir o que esperamos”, explica a analista de capital humano da instituição, Luciana Moura. Ela diz que também existe uma política de flexibilidade para os profissionais que dão expediente na sede da empresa.