Mariana Fabrício
Diário de Pernambuco
A falta de manutenção em uma área de lazer localizada na rua Professor Olímpio Magalhães, no bairro de Jardim Atlântico, preocupa os moradores da região. Com duas quadras, uma praça, pista de corrida e equipamentos para ginástica, o local está inutilizado por falta de luz, segurança e limpeza. Há cerca de um mês toda a fiação foi roubada e a área vandalizada. A população teme pelo mau uso que é feito durante a noite por usuários de drogas e pede a restauração do local através do Cidadão Repórter, fórum de jornalismo colaborativo do Pernambuco.com.
O local, que é conhecido como Campo do AAJA (Associação Atlética de Jardim Atlântico), já foi depredado outras vezes e a solução partiu dos próprios moradores, que arcaram com os serviços necessários. “Já ficamos sem luz por aqui também por causa de roubo. Foi preciso fazer uma cota para comprar material e pagar pelas instalações elétricas. Nessa segunda vez teremos que fazer a mesma coisa, pois já solicitamos a Prefeitura, mas até agora nada foi feito”, conta a comerciante Adriana Carla, de 47 anos.
Uma das quadras está tomada por mato, o que impossibilita os alunos da escolinha de futebol da comunidade Ilha de Santana treinarem. Cerca de 22 crianças e adolescentes se reúnem todas as tardes no local, mas as condições do campo dificultam a aprendizagem. “Ensinar às crianças do jeito que está fica muito difícil. Com essas redes de proteção rasgadas, a bola sempre passa para a pista ou para a Igreja do lado atrapalhando as aulas. Outro problema aqui é falta de segurança. Já precisei ligar para a polícia algumas vezes por que tinham uns marginais rondando aqui e fumando droga”, diz o treinador Antônio da Silva, de 38 anos.
O estudante Danilo Nonato, de 17 anos, conta que não frequenta mais o campo por medo e pela falta de estrutura necessária. “Nasci aqui nesse bairro e costumava jogar bola nessas quadras, mas não frequento mais por que está muito mau cuidada. Aqui nós não temos luz, fica muito ruim de jogar com essas redes danificadas e com esses matos crescido por todo lado. Pedimos uma solução porque precisamos de uma área de lazer no bairro”, argumenta.
Em nota, a Prefeitura de Olinda esclareceu, através da assessoria de imprensa, que a área de lazer será desativada com a construção da Via Metropolitana Norte. As obra começaram no mês de setembro e em seu lugar, serão construídas avenidas com ciclofaixas e equipamentos de ginástica ao longo do canal Butrins/Fragoso.