Uma das sócias da Escola Universidade do Saber, localizada no bairro do Janga, em Paulista (Região Metropolitana do Recife), denunciou o que chamou de “proposta indecente” supostamente articulada pelo secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, João de Deus, que, segundo Tia Taty, teria limitado a renovação do alvará de funcionamento da unidade ensino à desistência do grupo de um terreno localizado ao lado da escola.
A gestora gravou um dos encontros que afirma ter tido com um dos auxiliares diretos do prefeito Junior Matuto (PSB), em seu gabinete, onde um homem, identificado por ela como o referido secretário, afirma que só assinaria a renovação do alvará caso ela desistisse de brigar pelo terreno na justiça.
Questionado sobre as acusações, o secretário João de Deus se disse surpreso com o que estava sendo alegado e negou que houvesse imposto qualquer tipo de condição para que a prefeitura renovasse o alvará de funcionamento da Escola Universidade do Saber.
“Essa senhora alega que eu exigi a cessão do terreno para autorizar a renovação do alvará. Mas como ela pode me acusar de participar de uma negociação dessas se ela não é a dona do tal terreno?”, disse o secretário, lembrando que a área em questão é de propriedade da Construtora Cael Ltda. e que a Prefeitura do Paulista, após ter declarado o lote como bem de utilidade pública, negocia com a empresa a compra do terreno.
Segundo ele, a direção da unidade de ensino teria cercado a área de forma ilegal e inclusive invadido um terreno que a prefeitura mantém próximo ao local. “O que foi discutido, na verdade, foi a retirada da cerca e o fechamento de uma porta construída ilegalmente. A prefeitura não pode e não vai negociar nada com essa senhora, uma vez que ela não é dona do terreno. O processo de regularização da área já foi iniciado e está sendo tratado com os verdadeiros donos, a Construtora Cael”.
Ainda de acordo com o secretário, assim que prefeitura conseguir regularizar a área, será avaliada a possibilidade de construir no local um posto de saúde, uma creche e uma Academia das Cidades. “A nossa intenção é edificar esses três equipamentos. Caso isso não seja possível devido a uma limitação física, iremos ouvir a população para saber quais as prioridades dos moradores e assim elencar as obras a serem construídas”.