G1 PE
Pacientes que precisam de insulina para viver e não têm condições de comprar o remédio estão sem receber o medicamento do Governo de Pernambuco há quase dois meses. Nesta quarta-feira (6), a reportagem do NETV 1ª edição acompanhou a ida de algumas dessas pessoas à farmácia do estado, no bairro da Boa Vista, no Recife.

Alguns pacientes dependem da reposição de insulinas como a glargina e a lispro, que são especiais e prescritas pelo médico. Por se tratarem de medicações caras, o governo tem que fornecer a quem não pode comprar. É o caso da estudante Ana Andrade, que também está sem receber as insulinas. “A gente já está em caso desesperador porque não é um medicamento simples, que a gente não tem aí você toma um chá e resolve. É um medicamento que a vida da gente depende dele”, critica.
De acordo com Elisângela Siqueira, da Associação dos Portadores de Diabetes Juvenil, cerca de 60 pacientes estão sem receber as insulinas há dois meses e nenhum deles tem condição de comprá-las. “Meus familiares que estão ajudando, mas a gente está vendo que não tem condições de comprar porque parcela no cartão, já entrou outro mês e não tem condição de pagar”, explica.
A equipe de reportagem da TV Globo tentou acompanhar os pacientes nesta quarta até a farmácia do estado para saber porque os medicamentos estão em falta, mas foi impedida de entrar no local com as câmeras. Os pacientes foram informados pelos funcionários da farmácia que uma das insulinas em falta, a lispro, agora já está à disposição, mas eles só vão poder recebê-la dentro de um mês. Isso acontece porque é preciso fazer a renovação de um cadastro. Mesmo assim, um dos pacientes conseguiu a medicação.
“Pode acontecer que alguns pacientes estejam com dificuldade na insulina glargina, mas a secretaria de Saúde já realizou a compra e, na próxima semana, no máximo em sete dias, já vai ter o regularizado o abastecimento”, prometeu a superintendente de Suprimentos da secretaria estadual de Saúde, Carolina Romeira.
A secretaria ainda informou que o Ministério da Saúde exige que o paciente registrado na farmácia faça a renovação do cadastro a cada três meses. Os documentos e exames entregues durante o cadastro são analisados por médicos e farmacêuticos para evitar que pacientes que morreram ou não precisam mais de remédios continuem no sistema.