Deputados defendem a entrega dos cargos

Antônio Assis
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Teresa afirma que posições de Eduardo e Marina ficaram mais claras

João Bita/Alepe


Ayrton Maciel
JC Online
Entrega dos cargos ao governo do Estado e à Prefeitura do Recife, porém, sem ruptura política. Essa é a posição colocada por deputados do PT na Assembleia Legislativa, após o desconserto político-eleitoral gerado pela aliança do governador-presidenciável Eduardo Campos com a ex-senador Marina Silva – do não regularizado Rede Sustentabilidade –, e a filiação desta ao PSB, no qual pode ser a vice numa chapa com o socialista.
A deputada Teresa Leitão, aliada do ex-prefeito João da Costa, destacou que a última reunião da Executiva estadual, após o PSB entregar os cargos do governo Dilma Rousseff, há 20 dias, apontou para a devolução dos cargos a Eduardo Campos e Geraldo Julio. “O entendimento é de que deve sair todo mundo, mas que (o gesto) seria combinado com um calendário de discussões com a militância, que está emperrado”, acusou.

Agilizada pelo fato novo da aliança Eduardo-Marina, a deputada revelou que a Executiva Nacional deve marcar a data da reunião com a direção estadual, pedida há 20 dias. “O PT acompanhava a conjuntura. Agora, ficaram mais claras as posições de Eduardo e Marina. A dele foi de confronto e a de Marina de oposição total. Ela disse que quer ver o PT derrotado”, salientou.
Oriundo do PSB e membro do campo majoritário do PT (liderado por Humberto Costa), o deputado Odacy Amorim defendeu a entrega dos cargos no Estado e no Recife, mas preservando a linha de “respeito mútuo”. O deputado sugeriu a adoção do “princípio da reciporcidade”, proposta feita há duas semanas pelo deputado federal João Paulo.
“O PSB entregou os cargos para ter independência na base (em relação a Dilma). Entregaremos para termos também independência, mantendo o apoio político, uma relação de reciprocidade. Eduardo e Marina têm o direito de ter seus projetos. Nós defendermos o governo Dilma, que tem muitos investimentos no Estado”, disse.
Um complicador, todavia, contribui para postergar a devolução dos cargos, detalha Teresa Leitão: o racha de 2012 impede o diálogo interno. “Os 13 prefeitos do PT querem uma posição sincronizada dos grupos. Além disso, não são só o Estado e o Recife. Em várias cidades o PT está como vice do PSB”.

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