Senador Armando Monteiro avalia decisão do PSB

Antônio Assis
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Andréa Cantarelli
Diário de Pernambuco


A entrega de cargos ocupados pelo PSB no governo federal ontem (18), não criou movimentações apenas nos partidos diretamente envolvidos, PT e PSB. O senador Armando Monteiro, presidente do PTB em Pernambuco avaliou a entrega dos dois ministérios e afirmou, em entrevista concedida a uma rádio local, que este projeto do PSB aponta na direção da candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência da República. 

Segundo Armando, a decisão socialista teve grande repercussão no Congresso e no meio político e vai desencadear uma série de alianças nos planos local e regional, além da definição de palanques. "É um fato, é um evento que vai, sem dúvida nenhuma, condicionar os movimentos políticos a partir de agora. É evidente que candidaturas ainda não estão postas, mas eu não posso deixar de dizer que o nosso nome está e sempre esteve à disposição desse conjunto", frisou o senador, referindo-se a sua possível candidatura ao governo do estado.
Armando Monteiro disse não saber da decisão peessedebista e acredita que já havia movimentação no partido neste sentido. "Era um processo que vinha sendo discutido no âmbito do partido e, nas últimas semanas, o que se assistia também era um certo desconforto do PT e do governo federal com uma posição que era cada vez mais clara, do PSB, no sentido de caminhar para uma candidatura própria. Portanto, para caminhar na direção de uma candidatura própria é evidente que esse afastamento do governo era algo que se impunha, até para que se pudesse dar uma certa credibilidade a esse projeto do partido", explicou o senador.

Falando de sua possível candidatura e o futuro do partido dentro desta nova persperctiva imposta pelo PSB nacional, Armando lembrou que no palanque em que foram eleitos (ele, Eduardo Campos e Dilma), PTB, PSB e PT estavam juntos e agora inicia-se uma nova fase com novas articulações, a partir de uma dinâmica diferente. "O meu partido, o PTB nacional, nesse momento, tem um alinhamento claro a presidente Dilma. Essa é também a posição do partido no Congresso. E eu disse há algum tempo em Pernambuco que o nosso partido está inserido nesse campo político", concluiu Armando, deixando claro que acha legítima a decisão do PSB e que "o mesmo grau de liberdade que o PSB reivindica no plano nacional o nosso PTB reivindica no plano regional".

"É claro que todos desejavam que esses partidos ainda estivessem juntos no processo, mas há projetos partidários que são legítimos", finalizou.

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