Blog da Folha
Após a repercussão extremamente negativa de sua ação judicial para impedir a citação de seu nome por três veículos de comunicação do Estado no noticiário relacionado ao suposto tráfico de influência em um processo de adoção no Grande Recife, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa (PDT), anunciou que vai retirar o processo de censura prévia. O pedetista está na tribuna da Casa de Joaquim Nabuco neste momento.
Em sua fala, Guilherme Ucha disse que está sendo “violentamente atacado pela mídia, inclusive a policial” por conta das especulações sobre a suposta participação de sua filha, a advogada Giovana Uchoa, no caso de adoção.
O pedetista admitiu que está “emocionalmente fragilizado”, uma vez que a sua esposa está hospitalizada, na UTI, em São Paulo.
Guilherme Uchoa disse que a sua decisão de proibir a veiculação do seu nome relacionado ao suposto tráfico de influência partiu do fato de proteger o homem público que preside a Assembleia Legislativa de Pernambuco.
O deputado estadual ainda garantiu que a sua filha não tem participação alguma em nenhum caso de tráfico de influência, além de assegurar que, apesar de ser juiz aposentado, não conhece nenhum dos servidores do Judiciários envolvidos no caso.
A solicitação de censura prévia foi deferida por um juiz plantonista do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que proibiu que veículos de imprensa do Estado noticiem a apuração de um caso de adoção de uma criança que transcorre na Vara da Infância e Juventude de Olinda, envolvendo um deputado estadual e sua filha, sob suspeita de favorecimento.
A juíza titular da Vara, Andréa Calado Cruz está sendo investigada por conceder irregularmente a guarda provisória da criança a um casal que mora nos Estados Unidos. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) investiga o caso. Há dois dias, diante da polêmica, o casal devolveu a menor à Vara da Infância e Juventude.