Eduardo: cabe ao PT decidir se sai ou não dos governos do PSB

Antônio Assis
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JC Online

O governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou, nesta sexta-feira (20), que cabe ao Partido dos Trabalhadores a decisão de permanecer ou não nas gestões comandadas pelos socialistas. Indagado sobre o tema, Eduardo - cotado para disputar a Presidência da República, em 2014 - colocou que a participação dos petistas vai obedecer a "dinâmica local de cada lugar", evitando comentar uma possível saída dos petistas dos governos do PSB. 

"O PSB vai continuar participando de governos do PT em muitos lugares. Essa é uma decisão que vai caber ao Partido dos Trabalhadores tomar. Respeitarei qualquer uma das decisões que ele venha a tomar", ponderou o governador Eduardo Campos.

"Deixei claro que a posição nacional que nós tomamos não é uma posição verticalizada para todos os Estados. Tem muitos Estados que nós já não participamos de gestão do PT, como têm muitos lugares que nós governamos que o PT não participa, que é oposição, pela dinâmica local", reforçou Eduardo Campos, durante após passagem pelo Porto de Suape para visitar o navio que trouxe as primeiras prensas da fábrica da Fiat, que está sendo edificada no município de Goiana.
Sobre o pedido feito pela presidente Dilma Rousseff ao ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), de ficar mais uma semana no cargo até escolher o substituto para o cargo, o presidenciável Eduardo Campos disse ver com naturalidade o pleito. 
"A presidente pediu a Fernando que ficasse no posto enquanto ela vai aos Estados Unidos para um compromisso que estava agendado e volta para escolher um substituto. É natural que ele aguardasse um substituto nas funções administrativas, de interesse público, de uma postura que não caberia outra que não fosse essa. Até porque a forma como nós saímos do governo é uma forma elegante, correta, franca, fraterna", afirmou o governador Eduardo Campos.
Com relação ao pedido da presidente para nova conversa com o governador e o ministro, Eduardo Campos colocou que está disposto a dialogar com Dilma Rousseff "tantas vezes" que ela quiser. "Tantas vezes a presidenta da República do meu País quiser falar comigo eu vou lá falar com ela. Tenho por ela muita atenção", despistou. 
Questionado sobre uma eventual candidatura de Bezerra Coelho, pelo PSB, ao governo do Estado, Eduardo Campos disse que a definição do nome, em Pernambuco, vai depender do quadro nacional. "O quadro aqui em Pernambuco tem uma relação direta com o que vai acontecer no quadro nacional por razões óbvias. Enquanto a gente não tiver muito claro como vai ser o jogo nacional, fica muito difícil, para nós do PSB, definir como que vai se dar o quadro aqui no Estado. A nossa decisão depende de muito mais variáveis do que a decisão de outros", finalizou o socialista.

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