Wellington Silva
Folha-PE
Um terreno no Janga, em Paulista, está sendo disputado entre a prefeitura, moradores do bairro e uma empresa de construção civil. Localizada na rua Abílio Muniz de Andrade, a área poderia estar sendo usada pela comunidade da região, caso fosse construído um espaço público, como uma praça. No entanto, há mais de dezoito anos, o lugar vem sendo cuidado por uma única família, que alega ter recebido autorização do município para isto.
A família diz que, em 1997, cercou o terreno, após receber a autorização do atual vice-prefeito de Paulista, Jorge Carreiro, que na época era secretário de Planejamento da cidade. Como prova, o advogado da família, Gil Teobaldo de Azevedo, mostrou um documento com carimbo e assinatura de Carreiro permitindo a colocação da cerca. “Além disso, durante o período eleitoral, Carreiro autorizou que fizéssemos um muro em volta”, afirmou Erick Harter, membro da família que questiona a posse do local. “Demos entrada com o pedido de usucapião, na 1ª Vara do Fórum de Paulista, onde já foi feito o primeiro despacho”, acrescentou Erick.
Foi realizado um encontro no Ministério Público de Pernambuco, na 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Paulista, a pedido da promotora Maria Aparecida Barreto da Silva. Participantes da reunião afirmaram que se tratava de uma audiência pública, mas a promotora não permitiu a entrada da reportagem. Participaram da conversa representantes de todos os envolvidos. Na ocasião foi comprovado que o terreno pertencia a empresa Coelho Andrade Engenharia LTDA (Cael).
“No entanto, durante todo esse tempo não apareceu ninguém dessa empresa para falar sobre o terreno. Além disso, surgiu a informação de que a Cael teria adquirido o espaço de forma irregular”, comentou Fernando Harten de Moura, outro membro da família que questiona a posse do local. Fernando disse que os parentes começaram a cuidar da área depois que comprou um terreno ao lado, onde moram. Ainda assim, professor Lenivaldo Antônio da Costa, defende a construção de uma área pública. “A prefeitura está omissa. “, reclamou.
Advogado acusa a prmotora
Advogado acusa a promotora Na última segunda-feira, o advogado Fernando Harten de Moura fez um Boletim de Ocorrência contra a promotora Maria Aparecida Barreto da Silva por injúria. Ele alega que em uma audiência no MPPE em Paulista, no dia 28 de agosto, ela o acusou de golpista e que iria provar.
Fernando acionou a Comissão de Direitos Humanos da OAB/PE, por se sentir perseguido pela promotora. A comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB/PE foi procurada para que a Maria Aparecida fosse penalizada por abuso de poder.O advogado solicitou à Corregedoria do MPPE que as atitudes da representante do MPPE fossem averiguadas. O corregedor Renato Silva Filho confirmou que os fatos serão avaliados pela Corregedoria.