Outro Lado: Gasto justifica-se por feira ser evento 'grandioso', afirma governo

Antônio Assis
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Folha de São Paulo

A Secretaria de Turismo e a organização da Fliporto dizem que o aporte do governo do Estado se deve à grandiosidade da feira, a terceira maior do país, segundo o secretário Alberto Feitosa.
Ele disse que o aumento do patrocínio, a partir de 2010, se deveu à transferência da Fliporto de Porto de Galinhas, em Ipojuca, para Olinda.
"Com a perda do apoio da Prefeitura de Ipojuca, das limitações financeiras de Olinda em arcar com o evento, além da perda do apoio das estatais a projetos culturais em todo o país, o governo do Estado ampliou o aporte."
Segundo Feitosa, foi a secretaria que sugeriu a mudança de endereço por causa do perfil de turismo da praia.
Além disso, como a feira literária ocorria no verão, a rede hoteleira não dava conta da demanda de turistas. O secretário afirma que o patrocínio "é um investimento".
No ano passado, quando repassou R$ 3 milhões, o governo calcula que a Fliporto tenha atraído 90 mil pessoas com um impacto de R$ 20 milhões na economia local.
Na festa de São João de Caruaru, foram movimentados mais de R$ 200 milhões por 850 mil pessoas, mas não só com a cadeia turística.
Segundo a secretaria, o São João é um evento consagrado, enquanto a Fliporto ainda necessita de apoio.
A organização da feira informou que a Fliporto tem atuação durante todo o ano com uma casa de mediação de leitura que atende crianças em Olinda e culmina com a realização da festa literária.
Além disso, a assessoria da feira disse que neste ano o evento será gratuito. No ano passado, a entrada nos painéis custava R$ 20.

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