Atendimento cardiológico pela internet

Antônio Assis
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Sandra Matos (de verde) já fez atendimento até em um supermercado

Hélia Scheppa/JC Imagem


Amanda Tavares
JC Online
Sandra Mattos é cardiologista. Dia desses, ela passou por uma situação inusitada numa fila de supermercado. No momento em que seria atendida, recebeu uma chamada pelo celular. Pediu para que o próximo da fila passasse à sua frente e começou a prestar atenção apenas no iPhone, de onde via um exame ser feito na Paraíba. Dessa forma, pode ajudar um médico de lá a diagnosticar um paciente, vítima de cardiopatia. Ao encerrar a ligação, percebeu que ninguém havia passado à sua frente. Todos, inclusive a funcionária responsável pelo caixa, estavam impressionados, tentando entender o que acontecia. Sandra acabara de fazer uma consulta pela Rede de Cardiologia Pediátrica Pernambuco-Paraíba, projeto que visa atender, via internet, pacientes do SUS que moram no Estado vizinho.
A ideia que a médica acalentava há muito tempo foi colocada em prática há dois anos, quando percebeu a necessidade de ajudar pacientes paraibanos, já que a carência de cardiologistas na região é grande e criava situações como “a fila da morte” - pacientes aguardavam atendimento por tanto tempo que acabavam morrendo. O governo da Paraíba resolveu apostar no projeto. Investe R$ 3 milhões por ano na compra de equipamentos (como iPads e aparelhos para exames), pagamento de profissionais e viagens, já que semanalmente uma equipe do Recife se desloca até lá para fazer cirurgias.

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