Apagão interrompe expediente e gera prejuízos na indústria e comércio

Antônio Assis
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Marcílio albuquerque
Folha-PE

A interrupção no fornecimento de energia gerou transtornos nos segmentos da indústria e comércio em Pernambuco. Com tudo às escuras, os estabelecimentos foram obrigados a fechar as portas mais cedo, liberando os funcionários e amargando muitos prejuízos. Sem condições de realizar o abastecimento de veículos, os postos de gasolina também foram atingidos com o súbito apagão. O sistema eletrônico das bombas impediu o funcionamento, sendo assim, frentistas ficaram de braços cruzados e aos motoristas só restou esperar.
Hesíodo Góes/Folha de Pernambuco
Lojas da tradicional rua da Concórdia, no bairro de São José, fecharam as portas mais cedo
Na avenida Conde da Boa Vista, principal corredor de compras da Capital, as lojas fechadas criaram um cenário incomum para um dia útil. Apesar de resistirem por algum tempo, os lojistas não tiveram outra escolha e decidiram encerrar. “Mais uma vez fomos surpreendidos por esta situação e ficamos sem qualquer resposta. Os sistemas são todos informatizados e não há como comercializar nenhum produto”, afirmou Daniel Moura, gerente de uma sapataria. Para o agente de segurança Eduardo Silveira, que trabalha há cinco anos em uma conhecida loja de roupas, o problema também representou um risco à segurança. “Com tudo no escuro nos tornamos alvo fácil para os ladrões, é um perigo. Não temos como coibir”, disse.


Nas principais ruas dos bairros da Boa Vista, Santo Antônio e São José, muitos consumidores tiveram que adiar as compras e os empresários contabilizaram as perdas no faturamento. “O período da tarde geralmente representa o pico em nossas vendas e de repente nos vimos com tudo parado. São milhares de reais perdidos”, lamentou Hallyson Leite, representando uma rede de eletrodomésticos que, além do Recife, possui unidades em Fortaleza, Natal e João Pessoa, cidades que também foram atingidas com o blackout.

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