Diário de Pernambuco
O Dia Nacional de Lutas, protesto organizado em todo o país pelas centrais sindicais, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), não conseguiu, no Recife, arrastar uma multidão semelhante ao dia 20 de junho. As estimativas quanto ao número de participantes desta quinta-feira chuvosa são bem distintas. O 13º Batalhão da Polícia Militar contabilizou 3 mil pessoas, já a Central Sindical, de 8 a 10 mil. Bem diferente daquele último dia 20 onde foram registrados 100 mil pessoas.
em nenhum foco de violência ou vandalismo, a manifestação foi pacífica nas 5 horas de duração. Concentrados na Praça do Derby, às 14h, os sindicalistas pareciam resgatar o que sempre fizeram, anunciar para a sociedade sua pauta de reivindicações, os descasos com as categorias ali representadas e cobrar resultados. E fizeram. Em cima de trios elétricos e usando carros de som, sindicalistas saíram em direção a avenida Conde da Boa Vista, depois caminharam pela rua da Aurora até chegar a sede da Assembleia Legislativa Estadual.
Eles pediam o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, pela aceleração da reforma agrária e pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação e de 10% do Orçamento da União para a saúde. Durante o percurso praticamente não se viu bandeiras de partidos políticos.