Oposição Vitaminada

Antônio Assis
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TEREZA CRUVINEL

Talvez apenas a oposição, além, da própria democracia, tenha lucrado com o redemoinho. As pesquisas dirão. Mas é certo que ela deixou para trás o retraimento de que sofria diante de uma presidente bem avaliada, em franca campanha para a reeleição, à frente de um governo que, apesar dos percalços recentes na economia, não sofria contestações na sociedade. Agora temos uma oposição mais desenvolta e articulada. Não há semana em que o presidente do PSDB e presidenciável tucano Aécio Neves não conceda uma entrevista coletiva em que faz pesados ataques ao governo. No Congresso, especialmente no Senado, os oposicionistas agora falam grosso e nem precisam disputar o microfone com os governistas intimidados. Rosnam também os aliados dos tucanos, como o DEM e o PPS.

No PSB, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, voltou a vestir-se de presidenciável. José Serra recuperou o gosto pela esgrima verbal, especialmente através de seu mciroblog. Aliás, nesse ritmo, tudo aponta para uma disputa presidencial com muitos candidatos, e não com o quadro restrito dos anos recentes.

E se não bastasse, partidos da base governista agora levam água para o moinho da oposição. Como o PDT, que liderou a rebelião para derrubar o projeto sobre destinação dos royalties, na quarta-feira à noite. Uma oposição vertebrada faz bem à democracia e ao próprio governo, forçando a troca do comodismo pela auto exigência.

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