No dia 25 de fevereiro deste ano, o jornal norte americano The New Times publicou matéria sobre os altos salários pagos e elite dirigente do Brasil, formada por privilegiados funcionários públicos, destoando da grande massa de trabalhadores: “ Pagamentos excessivos – resumiu o jornal – alimentam novo ressentimento quanto á desigualdade no país”. A noticia soa como premonição antecipando os protestos que tomaram as ruas das principais capitais brasileiras. O aumento das passagens pode ter sido o estopim, mas a insatisfação com o mau uso do dinheiro público fez explodir e legitimar os protestos. Na matéria, o respeitado jornal recorreu a vários exemplos da política em causa própria e concluiu: “ Existem muitas formas de ficar rico no Brasil, mas uma estratégia pode se revelar uma surpresa e tanto no clima econômico de hoje em dia: garantir um cargo no governo”.
Enquanto o ordenado de milhares de funcionários públicos excede os limites constitucionais- dizia adiante – muitos mais (pessoas) se desdobram para sobreviver. “ Pelo país inteiro, professores e policiais constuman receber pouco mais de R$ 1.965,00 (US$ 1 mil) mensais e ,às vezes, menos, exacerbando os temores prementes com a segurança eo sistema educativo, titubeando há tempos”.
Fonte: Folha de S.Paulo (por Aldo Paes Barreto)