Magno Martins
Se Eduardo resolver disputar o Senado e não mais a Presidência da República, que destino tomará o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que sonha em disputar a reeleição numa chapa apoiada pelo governador?
Eis a pergunta que mais se ouve, hoje, nos bastidores da política pernambucana diante da possibilidade de o governador desistir do voo nacional.
Aliados históricos no passado, mas adversários numa etapa seguinte, quando o senador rompeu com Arraes e se aliou à direita para disputar o Governo em 1998, Jarbas e Eduardo se reconciliaram recentemente sem que ninguém até hoje tenha entendido.
Não é fácil compreender porque não houve uma razão aparente, algo tão forte para convencer, com exceção das conveniências da política. Até hoje, o governador nunca deu um pio falando sobre acordos para apoiar Jarbas a senador.
O único político que tem levantado essa lebre é o deputado Raul Henry, discípulo fiel do senador, e que também, de forma oportuna, se transferiu para o palanque de Eduardo e aderiu à candidatura de Geraldo Júlio no Recife, logo em seguida.
A Jarbas, entretanto, só restará a alternativa de disputar um mandato de deputado federal e, assim, encerrar a sua longa trajetória política, porque parece impossível despontar um cenário pelo qual possa vir a disputar mais uma eleição majoritária, até pela a sua idade já avançada e pela debilidade eleitoral.