Renata Bezerra de Melo
Folha-PE
O governador Eduardo Campos é mais candidato a Presidente da República, hoje, do que era antes da publicação da mais recente pesquisa Datafolha, a qual apontou queda de oito pontos percentuais na popularidade da presidente Dilma Rousseff. Embora o socialista não tenha apresentado crescimento nas intenções de voto, a amostra sinalizou para um aspecto determinante para ele: hipótese real de 2º turno. A chance teórica já existia, mas tal cenário aparece, agora, como realidade matemática. A despeito do declínio da petista, ela ainda lidera o ranking de intenções de voto, com 51%. No entanto, no PSB, cálculos levam em consideração a margem de erro de dois pontos percentuais, o que possibilitaria considerar uma inversão dos índices: 51% para oposição e 49% para a presidente. Dilma, na eleição de 2010, seguiu para o 2º turno, mas contava, na época, com apoio de nomes como o próprio Eduardo Campos, o governador Sérgio Cabral (RJ), que já ameaçou dissidência, e até mesmo o tucano Aécio Neves, hoje no páreo para concorrer também à presidência. De quebra, apesar de não ter apresentado crescimento nas intenções de voto em relação à pesquisa anterior, Campos havia advertido que Dilma precisava “ganhar 2013” e o primeiro semestre do ano ela já perdeu.