Brasileiros relatam clima de tensão na Turquia

Antônio Assis
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Marcelo Montanini
Folha-PE

Mais de quinze dias se passaram desde o início dos conflitos na Turquia e ao que tudo indica uma guerra civil está se aproximando. O sábado (15) foi um dos dias mais tensos desde o início dos protestos e, para este domingo (16), o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, convocou seus militantes a irem ao parque Gezi, na praça Taksim, um dos centros de Istambul.
“Neste sábado, os policiais invadiram hospital e o saguão do Divan Hotel para prender os manifestantes, que haviam sido levados a estes locais por estarem feridos”, relata a paulistana Karin Queiroz, 42 anos, que vive na Turquia há três anos e trabalha como professora de português. Ela tem ido, com o marido turco, Burak Demir, aos protestos desde o segundo dia (1º de junho), ao ver nas redes sociais o que ocorreu.
Segundo Karin, a situação ontem foi pior do que nos outros dias. “Além de gás de pimenta e balas de borracha, os policiais colocaram algum produto químico na água, que estavam disparadas contra os manifestantes. O pessoal eu teve contato com a água sofreu queimaduras pelo corpo”, afirma Karin. “Havia muitas crianças no parque (Gezi) no momento em que a policia atacou o que gerou mais pânico, pois muitas crianças se perderam dos pais”, acrescenta.
“Neste domingo, metrôs, barcos e ônibus não estavam funcionaram, por isso não conseguimos chegar até o parque”, afirma Karin. Segundo ela, o governo pagou militantes e disponibilizou ônibus para levá-los ao centro. Ademais, "polícia turca invadiu o shopping center Cevahir hoje", disse.

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