APOIO A CAMPOS É "JOGUETE" E PARA "FAZER CIÚMES"

Antônio Assis
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PE247 - O governador de Pernambuco e potencial candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, disse desconhecer o teor das declarações do correligionário e governador de Ceará, Cid Gomes,  de que o presidenciável estaria sendo alvo de um engano por aqueles que dizem apoiar a sua virtual candidatura. Em entrevista ao jornal Correio Brasiliense, publicada neste domingo (2), Cid qualificou que as manifestações pró-Eduardo são “joguetes” e feitos para ”fazer ciúme”.

“Se a gente já fosse um partido do tamanho do PMDB, defenderia a candidatura própria. Mas precisamos nos consolidar em nível regional. Temos muitos estados em que o PSB é figurante. Defendo, em primeiro lugar, que  agente mantenha os espaços que temos hoje, que não será tarefa fácil”, observou Cid. Segundo o gestor cearense, é compreensível que o PT avalie os movimentos feitos por Campos como os de um possível candidato, uma vez que ele vem se posicionando desta maneira. “Há dois meses liguei para tratar especificamente desta questão. Foi quando ele me falou que não tinha esta decisão de ser candidato, que houve uma conversa muito boa com a Dilma (presidente Dilma Rousseff (PT)) e pronto. Na sequência dessa conversa comigo, as atitudes dele e as iniciativas eram de um candidato. Essa conversa foi antes do programa do PSB (guia partidário), relatou.
Cid, juntamente com o irmão, o ex-ministro Ciro Gomes, são favoráveis a que o PSB permaneça na base governista e defendem publicamente o apoio do partido à reeleição da presidente Dilma. Para os Gomes, o rompimento com o PT prejudicaria o partido nas próximas eleições estaduais, podendo trazer sérias consequências como o próprio encolhimento da legenda.  A contrariedade contra a postulação de Eduardo também encontrou eco junto aos governadores socialistas do Amapá e do Espírito Santo.
Apesar das críticas cada vez mais ácidas, existe a possibilidade de que esta resistência por parte de uma ala do PSB não passe de uma estratégia política para manter o apoio do Governo Federal no que diz respeito à garantir um final de mandato tranquilo para os governadores pessebistas. Este teria sido o mote do encontro que Campos e Ciro tiveram na semana passada, quando o ex-ministro teria se colocado à disposição para assumir a interlocução das questões socialistas junto ao Governo Dilma.

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