MPPE pede bloqueio de bens de acusados da Operação Repasse

Antônio Assis
0
Carolina Albuquerque
JC Online

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) determinou, ontem, o bloqueio dos bens dos envolvidos na Operação Repasse, que prendeu três pessoas por acusação de desvio de verbas públicas nas gestões do PCdoB em Olinda do atual prefeito Renildo Calheiros e da ex-prefeita Luciana Santos. A soma desviada soma R$ 232 mil. Como a investigação corre em sigilo, os nomes não foram divulgados. A procuradora da Defesa do Patrimônio Público, Allana Uchoa de Carvalho, disse que a medida tem o objetivo de preservar para ressarcimento futuro.

Agora, os acusados têm 15 dias para apresentar manifestação escrita perante o juiz sobre a questão. De acordo com a investigação, o desvio ocorreu através da Secretaria de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos, no último ano da gestão da ex-prefeita Luciana Santos (PCdoB) – 2008 – e nos dois iniciais da primeira gestão Renildo Calheiros (PCdoB) – 2009 e 2010. 
Os recursos eram do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente, geridos pelos Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente e de Assistência Social. O dinheiro foi desviado para o Clube da Mulher Tia Iracema, onde funciona a Creche Santa Ana – a principal beneficiária – e uma escola municipal, na Rua Faizão, em Ouro Preto.
Os promotores constataram que recursos (de convênios) foram “majoritariamente usados para o pagamento de despesas pessoais e custos com voluntários, que na maioria das vezes eram integrantes das duas famílias que tinham ligação com a entidade”. Sobre o caso, Renildo se resignou a dizer que prestará todos os esclarecimentos à investigação. 

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)