Aécio insiste nas críticas a Dilma. Tudo o que o PT quer: retomar a polarização com o PSDB

Antônio Assis
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Josué Nogueira

Se vinha sendo atacado quase que diariamente pelo governador Eduardo Campos, o governo de Dilma Rousseff agora entrou na linha de tiro do senador Aécio Neves.

Nessa terça, na primeira coletiva como presidente nacional do PSDB, ele cobrou desculpas públicas de Dilma por conta do boato do fim do Bolsa Família.

Nesta quarta-feira, o alvo foi a política econômica. Ao comentar o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disse que as previsões mais pessimistas se confirmaram:

“Cabe ao governo federal apresentar ao país, com clareza, as razões pelas quais as projeções oficiais cada vez mais se distanciam da realidade e explicitar quais medidas serão tomadas para a reversão desse quadro”, cobrou em matéria publicada no site do PSDB.

A presidente não respondeu à cobrança do pedido de desculpa. Aliás, não falou mais sobre o assunto depois que a Caixa Econômica admitiu ter adiantado o calendário de saques um dia antes do surgimento dos boatos.

Agora, em relação ao PIB, é provável que haja revide. Até mesmo porque se o PT resiste a reagir às críticas de Eduardo – por achar que ele pode desistir de concorrer, se mantendo da aliança – está interessadíssimo em confrontar com Aécio.

Afinal, tudo o que os petistas querem é reestabelecer a polarização com o PSDB. Isso porque o PT considera Aécio um concorrente ideal para 2014.

Voltando ao texto do site do PSDB:

Ao contrário da expectativa de crescimento de 1%, em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB só alcançou 0,6% em 2013.

Aécio Neves avalia que o avanço pífio é sinal de que a economia brasileira “continua emperrada, crescendo muito menos que o necessário para o país”.

E afirmou: “O que, até pouco tempo atrás era apregoado pela equipe econômica como piso para nosso PIB, agora vai se tornando um sonho distante, quase inalcançável. Caminhamos para o terceiro ano perdido para a economia brasileira.”

Segundo o dirigente tucano, somam-se ao “triste cenário” as constantes revisões das previsões inflacionárias, as inúmeras medidas de desoneração implantadas e a “já conhecida baixa capacidade de investimento do governo federal”.

“São fatos que devem ser motivo de máxima preocupação para os brasileiros”, completou.

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