A longa viagem de Eduardo Campos, Dilma e Aécio rumo a 2014

Antônio Assis
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PE247 – As eleições são apenas no próximo ano, mas os potenciais candidatos já estão percorrendo o País visando angariar apoio para viabilizar os palanques necessários à disputa. Nesta linha, o virtual candidato à Presidência pelo PSB, o governador de Pernambuco, é quem se destaca entre os que almejam o Planalto. Segundo levantamento feito pelo Correio Brasiliense, desde o início do ano Campos já realizou 13 viagens Brasil afora, número que se iguala ao da presidente Dilma Rousseff (PT). Já o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) realizou apenas três viagens fora do circuito Minas Gerais-Distrito Federal.

De acordo com o jornal, a Secretaria de Imprensa do Governo de Pernambuco informou que “todas as viagens feitas por ele foram a convite de partidos ou para defender os interesses do estado. Não foram viagens de campanha”. A explicação das viagens como convidado ou para defender os interesses estaduais encontra eco no fato da legislação eleitoral não permitir a antecipação da campanha. Independente disto, os frequentes encontros que Campos tem mantido com empresários e figuras do mundo político e as críticas à condução da política econômica por parte do governo do PT, suscitam a certeza de que ele já colocou a campanha na rua, muito embora ele reafirme veementemente que 2014 é um assunto que será tratado somente no próximo ano.

E se Eduardo tem buscado se tornar conhecido fora do Nordeste, a presidente Dilma tem intensificado sua agenda na Região. Dos 22,8 mil quilômetros que a presidente fez em viagens pelo Brasil desde o início do ano, 79% deles foram no Nordeste, sempre em nome da agenda administrativa do Governo federal, pelo menos oficialmente. O Nordeste é considerado estratégico pelo PT. É ali que se concentra uma fatia do eleitorado que fez a diferença em favor do PT em todos os últimos pleitos majoritários.

Já os tucanos esperam que o senador Aécio Neves intensifique o seu périplo pelo País. O deputado Rodrigo de Castro (PSDB-MG) já adianta que esta situação “Não se manterá assim por muito tempo”, apontando que as viagens feitas pelo correligionário devem ser intensificadas rapidamente. Uma das razões apontadas pelo jornal para o fato de Aécio não ampliar a milhagem eleitoral está no fato dos problemas internos do PSDB ainda persistirem, com o ex-governador José Serra querendo ser o ungido pela legenda para disputar o pleito em 2014.

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