Petista deve aderir ao governo

Antônio Assis
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Wagner Santos
Folha-PE


A possibilidade de que o vereador Fábio Barros (PT) deve aderir à base do gestor de Paulista, Junior Matuto (PSB), não agradou ao ex-candidato a prefeito da cidade, deputado Sérgio Leite (PT). Segundo informações extra-oficiais, Fábio Barros deve substituir o secretário de Urbanismo e Meio Ambiente, João de Deus (PSD).
"O PT não tem nenhum motivo para apoiar Junior Matuto.Travamos uma das mais disputadas eleições e, inclusive, ainda estamos aguardando o julgamento de vários crimes eleitorais cometidos por ele. Portanto, ainda não acredito no que estou sabendo. Se for verdade, ele vai ter que explicar para a população que acreditou no nosso projeto, e vai ser considerado como traidor do PT”, disparou Leite. 

De acordo com o deputado, na última segunda-feira, alguns membros da Executiva municipal realizaram uma reunião secreta, com o intuito de discutir o apoio ao socialista. “Eu estava viajando, e até o presidente do partido (Nickson Monteiro), só ficou sabendo meia hora antes do encerramento da reunião”, declarou o deputado. Ainda segundo ele, o encontro reuniu pessoas que estariam desempregadas, e que teriam sido cooptadas pela gestão, com promessas de cargos. Caso o vereador resolva aderir à base, o primeiro suplente é Aluízio Camilo (PT), que, inclusive, anunciou desde o mês de outubro do ano passado, que Fábio seria secretário.

Questionado sobre qual será o posicionamento do partido, Sérgio Leite respondeu que ainda não conversou com o vereador e que prefere não acreditar que seja verdade. Mas defendeu que quem quiser aderir saia do partido. “Sou oposição e vou ser oposição. Mas vou aguardar e conversar com as pessoas. Mas as pessoas de bem que acreditaram no PT e que confiaram não vão perdoar as pessoas que estão fazendo isso por interesse pessoal”, asseverou. 

Na época em que o suplente garantiu que Barros seria secretário, o vereador, que está em seu segundo mandato, assegurou que não poderia aceitar um cargo político como técnico, que só poderia assumir de forma política. Ainda de acordo com suas declarações, uma decisão como esta não dependeria de sua capacidade e sim de uma decisão político-partidária. Com a informação de ontem, de que ele estaria prestes a assumir a secretaria, a reportagem tentou entrar em contato com o legislador, porém, não teve retorno das ligações.

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