Foto: Guga Matos/JC Imagem
JC Online
O prefeito do Recife, Geraldo Julio, garantiu, em
entrevista a Geraldo Freire, na manhã desta quarta-feira (10), que não vai
adotar o sistema de rodízio de carros no Recife. A alternativa, divulgada pelo
secretário de Mobilidade Urbana, João Braga, tinha por objetivo restringir o
número de carros em horários específicos para diminuir a quantidade de veículos
nas ruas, diminuindo os congestionamentos. "Essa história está descartada. Não
vai haver rodízio no Recife. Autorizei Braga a discutir o assunto mobilidade com
especialistas e com a sociedade. Mas não vamos adotar essa medida (rodízio) na
cidade", garantiu.
O assunto foi debatido após a pesquisa divulgada
pelo JC, em parceria com o IPMN, que aponta a mobilidade como o grande gargalo a ser enfrentado pela gestão de
Geraldo Julio. "Estamos fazendo um esforço grande para melhorar a questão da
mobilidade no Recife. Em três meses de governo, já tapamos buracos em 1.083
ruas. Além disso, tivemos 30 vias recapeadas e mais de 300 placas de concreto,
em importantes vias do Recife, foram trocadas", informou o prefeito. Além disso,
estamos mais atentos às bicicletas. Paralelo a isso, comprei tablets para que os
agentes da CTTU tenham mais tecnologia para fiscalizar a cidade e fazer o
trânsito andar", finalizou.
Quando o secretário João Braga divulgou que o
Recife estava estudando implantar o sistema de rodízio, que já existe em São
Paulo, a chiadeira foi geral. Muita gente informou, inclusive, que caso o
rodízio fosse implantado, entraria na justiça para conseguir uma liminar e poder
trafegar normalmente.
Pela proposta de Braga, automóveis com placas
terminadas em números pares ficariam livres para trafegar em dias pares, mas
teriam restrições nos dias ímpares. A secretaria tinha a intenção de que a
fórmula fosse testada ainda na primeira metade deste ano em alguns corredores
viários. Hoje, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a frota
recifense é de 610.761 automóveis.
“Se o grande problema está nesses horários de
pico, a gente pode distribuir melhor os veículos, saindo um pouco mais cedo ou
mais tarde nos dias do seu rodízio”, explicou Braga, na época.