Uma revolução no ensino superior?

Antônio Assis
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Silvio Meira

Olhe para a imagem abaixo. à primeira vista, parece uma estação de TV, ou o centro de controle de streaming de vídeo de uma operação de web TV. até que seria isso mesmo se estivéssemos comentando uma foto de alguns anos atrás. mas não, é o centro de controle da nanyang technological university, em cingapura.

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você acha que as pessoas que trabalham lá estão controlando o que? nem pense que são os acessos e portas dos laboratórios da universidade; este centro faz parte de um programa, na NTU, de gravar pelo menos 70% das aulas da universidade e deixá-las à disposição dos alunos para posterior visualização. o uso dos vídeos das aulas é monitorado pela universidade e os picos de audiência são… logo depois das aulas [vi, quero reverperdi, quero ver] e… claro, à véspera dos exames.
ao mesmo tempo, a NTU experimenta com encontros [e não “aulas”] nos quais professores não agem como repetidores. o que é isso? ao invés da tradição escolar do professor tentar ensinar algo aos alunos, numa aula como a que você, eu, meu avô e tataravô nos acostumamos a assistir, os professores se tornam provocadores e articuladores de oportunidades para que alunos aprendam dentro de contextos, resolvendo problemas. por mais incrível que pareça, é isso que [a lenda reza que] acontecia na matriz da escola ocidental, a academia [original] de platão.
por que a NTU -e centenas de universidades e escolas- está experimentando com algo tão antigo e tão bem estabelecido, a aula? porque parece que o tempo da aula passou e os alunos não estão muito dispostos a –literalmente- perder seu tempo numa sala de aula, ouvindo o blábláblá de sempre. dados de muitas universidades, mundo afora, mostram que até alunos de cursos supostamente de alta qualidade –o que quase sempre quer dizer muito caros- deixam de ir à aula [têm 50% de faltas depois de 3 semanas de aula,veja este estudo].

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