Moradores denunciam aterramento

Antônio Assis
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Junior Aguiar
Folha-PE

Moradores do município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), estão preocupados com o cercado e suposto aterramento no terreno em uma área de preservação ambiental. No espaço, localizado na avenida Marechal Floriano Peixoto, no bairro de Arthur Lundgren I, segundo denunciantes, estaria prevista a construção de uma unidade da Faculdade Maurício de Nassau. A universidade, porém, afirma que não há previsão para a construção de alguma unidade no local.

O que se pode notar é que parte da área foi aterrada e que há algumas placas informando que o local pertence à faculdade, avisando também sobre a proibição de entrada de pessoas não autorizadas. De acordo com o diarista Marcílio Bezerra da Silva, 47 anos, há cerca de oito meses o local começou a ser cercado por arames farpados. “Já cheguei a ver aqui jacarés, tartarugas e até galinhas d’água, sem contar com os vários tipos de árvores que podemos observar de longe. Parte do rio Paratibe também corre nesta área. Não aceitamos o fato de que uma construção seja feita afetando o meio ambiente”, relatou.
Enquanto a equipe de reportagem da Folha de Pernambuco esteve no local, um caminhão tipo caçamba chegou para despejar restos de construção no terreno. O motorista, que não quis se identificar, informou não estar prestando serviços à Maurício de Nassau, porém pensava em jogar a metralha porque avistou o mesmo tipo de material amontoado na área. “Sempre vejo sendo jogado metralhas aqui, então pensei em jogar também já que dizem que vão construir uma faculdade”, comentou. Depois, desistiu de fazer o despejo.


A Prefeitura de Paulista, por meio da assessoria de Imprensa, informou que por enquanto nenhuma documentação explicando o projeto da edificação foi protocolada. Para uma construção do tipo, é preciso que o responsável entre contato com a Secretaria de Meio Ambiente e com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) para dar entrada nas licenças necessárias.


A própria CPRH informou que nenhuma solicitação de licenciamento da obra foi realizado. O órgão, agora, acatará as informações passadas pelos moradores como denúncia e, a partir da próxima semana, enviará uma equipe de fiscalização para apurar os supostos aterramentos.


Por nota, o Grupo Ser Educacional, mantenedor da faculdade Maurício de Nassau, informou que o terreno citado foi cercado e passa por limpezas para evitar invasões. A instituição afirmou, ainda, que não há projeto para construção de alguma unidade de ensino.

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