Regiões cresceram em ritmos diferentes. CO puxou o PIB

Antônio Assis
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Miriam Leitão

A manchete de hoje do jornal "Valor Econômico" mostra que foi o Centro Oeste que puxou o crescimento do PIB no ano passado. Sem o crescimento forte do agronegócio em 2012, o PIB, que deve ficar perto de 1%, seria ainda menor. Segundo previsão feita pela consultoria Tendências, o Centro Oeste pode ter crescido 3,3%.

No ano passado, acabamos tendo vantagens com o problema dos outros. Nos EUA, teve uma seca grande que afetou algumas culturas - algumas delas também produzidas pelo Brasil, como a soja. Por ter tido quebra de safra grande nos EUA, os preços aumentaram. O Brasil exportou com preços melhores e mais quantidade. Isso ajudou o Centro Oeste, maior produtor de grãos do país.

O Nordeste, que vem crescendo acima da média brasileira, deve ter crescido 1,3% em 2012. O Nordeste e o Norte foram muito beneficiados com o reajuste do salário mínimo. Têm crescido com as transferências de renda, mais inclusão de famílias nos programas sociais, transferência de empresas para lá, mais investimentos.
Já o Sul teve expansão pequena, de 0,2% no ano passado, segundo a previsão publicada pelo "Valor". Apesar de ter crescido menos, a taxa de desemprego é mais baixa lá, porque há menos oferta de mão de obra.

O Sudeste também teve expansão fraca, por causa da queda da indústria, concentrada na região. O setor automobilístico, apesar de todos os incentivos, reduziu o total da produção de carros.

Quando a gente fala que o país cresceu pouco, há alguém que está numa região que avança mais e diz que sente o contrário. Isso acontece, porque o crescimento é diferenciado. É um "organismo" com várias temperaturas, cada região sente de uma forma distinta.

O que atenuou a sensação das pessoas em relação ao baixo crescimento foi o fato de que o emprego continuou alto. Apesar do baixo crescimento, as empresas não demitiram, pelo contrário.

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