Motorista embriagado, a 120 km/h, atropela ciclistas e acaba liberado pela Polícia por falta de bafômetro.

Antônio Assis
2 minute read
0

Pierre Lucena
Acerto de contas
Ontem pela manhã, meu Tio, que é ciclista semiprofissional, estava pedalando com um amigo na Avenida Ayrton Senna em Piedade, quando foi atropelado por um irresponsável ao volante.
Foi arremessado por 7 metros, e por muita sorte não engrossou as estatísticas de mortos em acidentes de trânsito. Apesar de ter ficado todo arranhado, seu amigo teve menos sorte e quebrou o braço.

No fim teve muita sorte.
Mas o que aconteceu logo após o atropelamento retrata bem a impunidade e a vergonha que é o aparelho de segurança do Estado.
O cidadão que dirigia o carro estava visivelmente embriagado. O Instituto de Criminalística chegou, e encontrou sete garrafas de cerveja vazias dentro do carro.
Aliás, o vídeo feito após o acidente deixa poucas dúvidas.
Acha pouco.
O “motorista” não tinha habilitação e nem o carro estava em nome dele.
O Instituto de Criminalística (IC), após análise da freagem do carro apurou que ele estava dirigindo há aproximadamente 120 km/h, em uma via que no máximo pode-se trafegar a 60 Km/h.
Ao chegar, o IC não tinha bafômetro para constatar a embriaguez do cidadão, o que na verdade não é mais necessário.
Chegando na Delegacia localizada entre Piedade e Porta Larga , a atuação policial se restringiu a fazer um termo de ocorrência e liberar o potencial assassino, simplesmente porque não tinha condições de realizar o teste do bafômetro.
Quer dizer que é assim? Um camarada trafega a 120 km/h, visivelmente embriagado, sem carteira de habilitação, atropela duas pessoas e simplesmente vai para a rua?
Já sugeri que fosse dada queixa na Corregedoria de Polícia para apurar a responsabilidade da atuação policial neste caso. E também que pedisse ao Ministério Público de Jaboatão que investigasse.
É o mínimo que poderão fazer.
E ao cidadão comum, que respeita as leis e não se embriaga ao volante, resta rezar para que não seja alvo da impunidade que envergonha a todos.