Um incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, já deixa ao menos 233 mortos confirmados na madrugada deste domingo (27), de acordo com a Polícia Civil, sendo 120 homens e 113 mulheres. O número total de vítimas já foi contabilizado em 131 feridos, que estão sendo atendidos nos hospitais da cidade. Relatos iniciais indicam que as vítimas morreram por asfixia e não queimadas. Do total de mortos, 115 corpos já foram reconhecidos formalmente.

"Nós terminamos o rescaldo do local e estamos fazendo a remoção dos corpos. O IGP fará reconhecimento dessas vítimas. São mais de 40 anos de Bombeiros e nunca vi uma tragédia nessa proporção", afirmou o Coronel Moisés da Silva Fuchs, comandante do Corpo de Bombeiros de Santa Maria.
Todos os hospitais da região estão recebendo as vítimas. Voluntários estão auxiliando os trabalhos na cidade. "Estamos mobilizando todo o estado, temos hospitais de diversas regiões se disponibilizando para ajudar. De Canoas, Santo Ângelo, Santa Cruz, enfim. Todos estão colaborando para oferecer o melhor atendimento possível. Os trabalhos são intensos e é preciso uma mobilização muito grande", ressaltou o Secretário Estadual da Saúde, Ciro Simoni, em entrevista à Rádio Gaúcha.
O incêndio provocou pânico e muitas pessoas não conseguiram acessar a saída de emergência. As que conseguiram, foram barradas pelos seguranças, que fecharam as portas, segundo informações coletadas pelo comandante do Corpo de Bombeiros.
Em seu Twitter, o governador Tarso Genro lamentou a tragédia e disse que vai acompanhar de perto toda a apuração do caso. A presidente Dilma Roussef cancelou a sua agenda no Chile e está acompanhando a tragédia desde as primeiras horas deste domingo, quando, por telefone, ofereceu ao governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, “toda a ajuda necessária”. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, desde cedo Dilma determinou a todos os ministros que deem apoio em suas respectivas áreas.
Este já é considerado o segundo incêndio com o maior número de vítimas no País, só perdendo para o que aconteceu em Niterói, no Rio de Janeiro, no Gran Circus Norte-Americano, em 1961, que deixou cerca de 500 mortos e 120 mutilados.
Folha-PE