Leonardo Lucena_PE247 – O candidato à Presidência da Câmara, Júlio Delgado (PSB-MG) soltou o verbo em relação às denúncias que correm contra o peemedebista Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). O socialista afirmou que “não é o Severino da disputa”, referindo-se ao ex-presidente da casa Severino Cavalcanti, que renunciou ao mandato após o chamado escândalo do “Mensalinho”, em 2005.
Delgado, que vê sua candidatura como sendo alternativa, e não oposicionista ao governo saiu em defesa de uma investigação profunda sobre as acusações contra Henrique Eduardo Alves. “O Severino da disputa não sou eu”, disse ao Portal IG. A referência ao progressista foi em decorrência do envolvimento de Severino Cavalcanti no caso “Mensalinho”, em 2005, quando o então deputado federal foi acusado de na cobrança de propina de um empresário para que o seu restaurante continuasse em atividade. No mesmo ano, renunciou ao mandato para não ser cassado.
“Posso te afirmar com categoria que o Severino caiu em função de denúncias de ordem ética. Não sou eu quem representa o Severino nesse processo. Não tenho, graças a Deus, nenhuma denúncia sobre minha pessoa, já fui relator de processos em que minha vida aqui foi investigada de cima para baixo e eu posso dizer que, se tem alguém que representa o Severino nesse pleito, não sou eu”, afirmou Delgado. A assessoria de Imprensa de Severino Cavalcanti não atendeu aos telefonemas do Pernambuco 247.
Por outro lado, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, está sendo acusado de ter favorecido a construtora Bonacci Engenharia, do seu ex-assessor Aluízio Dutra de Almeida valendo-se de emendas parlamentares. As informações dão conta de que o objetivo do peemedebista seria fazer com que a empresa ficasse responsável por empreendimentos em municípios do Rio Grande do Norte administrados pelo PMDB.
Alves nega as acusações e diz que as denúncias são um jogo político. O parlamentar, que conta com o apoio declarado de 12 partidos, confirma a liberação de emendas que interessem o Rio Grande do Norte, porém, tem dito que a fiscalização sobre a aplicação das verbas cabe às prefeituras do seu Estado.