Ativistas ocupam área de lazer ao lado das Torres Gêmeas

Antônio Assis
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Joana Perrusi
Diário de Pernambuco


Ciclistas e pedestres se reuniram na manhã deste domingo (6) para ocupar o espaço localizado no entorno dos edifícios chamados Torres Gêmeas, no Cais de Santa Rita. Há menos de um mês duas pessoas foram impedidas de transitar pela ciclofaixa, sob o argumento de que o local era uma área privativa e, portanto, restrita ao público. No entanto, a Prefeitura do Recife informou que a praça, o píer e a ciclofaixa foi uma contrapartida da empreiteira responsável pela construção dos prédios, como forma de adequar a obra ao bairro, criando uma área de lazer para a população.

Mesmo assim, nos episódios narrados pelos ciclistas, um segurança fazia a guarda do local e, afirmou que apenas os condôminos podiam usufruir do local. Como forma de protesto e, ao mesmo tempo, para informar a população da existência do lugar, que passa quase despercebido, um grupo se mobilizou para ocupar o local. A rede social Facebook foi fundamental para conseguir reunir mais de cem pessoas.

Alguns pedalando e outros a pé, os ativistas saíram do Marco Zero e montaram acampamento na praça, onde bicicletas transitaram livremente pela ciclovia, alguns levaram instrumentos musicais e improvisaram uma rodinha de bate papo. Os ambulantes também descobriram um mercado para vender refrigerante, cerveja e água. O clima foi tranquilo e não houve resistência por parte do condomínio. Durante toda a manhã não havia segurança e ninguém apareceu para barrar o acesso das pessoas. 

“Este espaço tem que ser interligado com a cidade. Fazia parte do plano de ações mitigadas por parte da construtora  para diminuir o impacto que gera no entorno dos prédios”, explica o game designer Maurício Bandeira, 25 anos.

A ocupação faz parte das comunidades engajadas com os protestos realizados ano passado no Cais José Estelita, contra o projeto Novo Recife, além da manifestação na praça da Agamenon Magalhães, contra a construção dos viadutos.

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