A segurança entra na pauta das prefeituras

Antônio Assis
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Inaldo Sampaio


Pelo fato de a Constituição determinar que segurança púbica é responsabilidade dos estados, as prefeituras nunca manifestaram interesse por esse tema. Se o problema é dos governadores, diziam elas, por que arranjar sarna para se coçar? Os governadores que se virem para resolver o problema, ampliando a inteligência das polícias, colocando mais policiais nas ruas e dotando o aparelho policial de mais viaturas, mais armamentos e mais coletes à prova de bala para combater o crime organizado.

Hoje, felizmente, essa visão estreita de “quem é o responsável” está mudando. Todos estão conscientes de que a responsabilidade é coletiva, isto é, dos governos municipal, estadual e federal. Portanto, não adianta lavar as mãos para o problema, que sendo enfrentando por todos os níveis de governo tem mais probabilidade de ser resolvido. É o que resolveram fazer os prefeitos eleitos ou reeleitos do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Moreno, São Lourenço e Camaragibe.
Todas essas cidades terão um secretário de segurança, a partir de janeiro, para implantar o “Pacto pela Vida” em âmbito municipal, modelo concebido pelo Governo do Estado para enfrentar a violência em Pernambuco. Os secretários municipais irão agir em sintonia com a Secretaria de Defesa Social, a quem compete dar o rumo à política de segurança cidadã. E não precisa ir longe para concluir que, governo e prefeituras trabalhando juntos, o problema será enfrentado com mais facilidade.
 
O parentesco - Glau­co Brasileiro de Lima, convidado pelo prefeito eleito de Garanhuns, Izaías Régis (PTB), para a Controladoria Municipal é primo de Anísio Brasileiro, reitor da UFPE, e do ex-prefeito de Bom Conselho Daniel Brasileiro. A família tem tradição no Agreste Meridional.

A anulação - Deve ser anulada pela Justiça a eleição para a escolha do substituto de Eudson Catão (PSB), atual prefeito de Pal­meirina, na presidência da Comissão de Desenvolvi­men­to do Agreste Meridio­nal (Codeam). Ninguém reconhece a “vitória” da prefeita Celina Brito (Jupi).

A cessão - O Go­verno do Estado cedeu quase todos os secretários do prefeito eleito de Ipojuca, Carlos San­tana (PDB). Berenice Andrade Lima (Meio Ambiente) é da CPRH, Marcelo Barros (finanças) da Sefaz, Marga­reth Zaponi (educação) da Secretaria de Educação, Adelmo Alves (Defesa Social) da SDS, e por aí vai. Secretários filhos da terra são minoria no time do prefeito.

É estranho - A oposição estranhou, e nesse particular está coberta de razão, o fato de a reforma administrativa proposta à Câmara do Recife pelo prefeito eleito Geraldo Júlio (PSB) não ter englobado a criação de alguns órgãos, cujos titulares já foram anunciados, como a Agência Recifense de Inovação (Sílvio Meira) e a Secretaria de Defesa dos Animais (Rodrigo Vidal).

A reciclagem - Os prefeitos reeleitos de Caruaru e Salgueiro, José Queiroz (PDT) e Marcones Sá (PSB), respectivamente, inspiraram-se em Eduardo Cam­pos e montaram o 2º governo com as mesmas pe­ças do 1º, trocando apenas os lugares. O governador fez isto em seu 2º mandato.

O batismo - A ex- 1ª dama do Recife, Ieda Arco­verde, pediu ao prefeito eleito Geraldo Júlio (PSB) para homenagear seu falecido marido, Augusto Lucena, batizando uma avenida com o nome dele. Lucena pavimentou 506 ruas, abriu 34 avenidas e construiu a sede da prefeitura.

O equívoco - O ex-deputado Vital Novaes, estudioso das coisas do sertão, considera um erro o governo federal ter decidido fazer a transposição do rio São Francisco através de lotes. “A obra deveria estar sendo feita por etapas: 100 km em 2010, mais 100 em 2011, etc. Mas começaram os lotes de uma só vez e quando eles foram paralisados também foi de uma só vez”, afirma.

A oposição - Arlindo Siqueira (PSL) aproveitou o final do ano para analisar os dados da prefeitura de Olinda referente aos últimos 12 anos (dois mandatos de Luciana Santos e um de Renildo Calheiros, ambos do PCdoB). Para, como vereador eleito, fazer uma oposição “dura, porém responsável”. 

A devolução - Quan­do Severino Ninho (PSB-PE) chegou à Câmara Federal em 2011, apenas o deputado Regufe (PDT-DF) não recebia o 14º e o 15º salário. Ninho foi o 2º deputado federal do país a abrir mão daquele privilégio. Hoje, 25 deputados se negam a receber o benefício, que já foi extinto no Senado.

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