PT Fará Oposição Crítica a Eduardo Campos

Antônio Assis
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PE247 - Não chega a ser uma tempestade, mas uma certa marola começa a se formar na relação que o PT mantém com o PSB em Pernambuco. Uma reunião da bancada petista na Assembleia Legislativa decidiu por manter uma postura mais crítica quanto as propostas e ações de gestão por parte do Governo do Estado, o que pode acarretar alguns entraves aos planos do presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de concorrer à Presidência da República em 2014. A decisão vem na esteira da indefinação do diretório municipal em se posicionar quanto a apoiar ou não o prefeito eleito da cidade do Recife, Geraldo Julio (PSB), a partir do próximo ano.

A decisão da bancada petista pode criar problemas para uma ala da legenda que defende a manutenção da aliança com os socialistas, seguindo o rumo da parceria que os partidos mantém em nível Federal. O PT ocupa três secretarias (Governo, Cultura e Transportes) junto ao Governo Eduardo Campos.
De acordo com o líder da bancada do PT, Manoel Santos, a reunião contou com a presença de cinco dos seis parlamentares da legenda. “Vamos fazer uma avaliação mais crítica, o que não significa - e nem está de forma alguma em discussão aqui - um rompimento. Apenas vamos chamar atenção para as questões que julgamos importantes”, disse Santos em entrevista ao Jornal do Commercio.
Ele arrematou, ainda, que a bancada deverá adotar o que ele chama de postura semelhante a adotada pelo governador socialista em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), onde críticas e apoio se mesclam continuamente. Esta postura foi endossada pelo presidente estadual do PT, Pedro Eugênio.  A legenda também se mostra contrária a uma adesão imediata a administração de Geraldo Júlio na capital pernambucana. "Seria muito incoerente depois da disputa eleitoral de 2012, que já demonstrou que temos convergências e divergências com o PSB", declarou Pedro Eugênio ao Jornal do Commercio.
De acordo com o cientista político da Universidade Federal de Pernambuco, Michel Zaidan, o PT encontra-se uma situação delicada porque não teria a ganhar com a posição de independência e, também, ficar a reboque do PSB não é bom para o partido, mas esta é a única saída para amenizar a crise política interna. “Não adianta fazer retaliação. O PT precisa fazer uma autocrítica e passar por um processo de renovação, porém acho mais fácil renovar os quadros no plano nacional”, complementa.
Colaborou Leonardo Lucena_PE247

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