Alex Ribeiro
Folha-PE
Eleito com 1.720 votos e seguindo para o sexto mandato, o vereador do município de Paulista, João Mendonça (PTB), explicou que o interesse do prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), em anexar algumas áreas fronteiriças das duas cidades, é pelo interesse no aumento do Fundo de Participação do Município (FPM), que é repassado pelo Governo Federal. Contudo, o petebista disse que a administração de Paulista deve ser mais atuante no local e atender aos interesses da população.
“A parte fronteiriça que fica localizada na comunidade da Cidade Tabajara se torna terra de ninguém. Houve algumas pavimentações, mas parece que as pessoas estão interessadas no índice populacional. Devemos pensar no interesse da população, como saúde e educação, e a prefeitura tem a obrigação de ser mais atuante”, afirmou o parlamentar, durante entrevista à Rádio Folha FM 96,7,
Segundo o petebista, os dois municípios já tiveram oportunidade para discutir a questão da fronteira na época do advento da Constituição do Estado, em 1988, mas preferiam ignorar a situação e hoje pagam por isso. “Nas sessões da Assembleia de 1988 estiveram presentes dois deputados estaduais de Olinda e Paulista e não se discutiu isso. Era um momento ideal para discutir e resolver, chegamos até a perder a IV etapa de Rio Doce para Olinda”, relatou.
O parlamentar também comentou sobre o conturbado mandato de Yves Ribeiro (PSB) na prefeitura do município. Para ele, o socialista é uma pessoa muito ausente na cidade e por isso foi bastante criticado pelos seus opositores. “No primeiro mandato, ele convocou secretários de fora e despreparados. Já no segundo mandato votei a favor em alguns projetos dele, mas no geral ele foi muito ausente na prefeitura, ninguém o achava, chegaram a colocar um apelido de Yves “viajando” Ribeiro para ele”, contou Mendonça.
Mesmo fazendo parte da oposição, o petebista afirmou que não haverá problema em aprovar alguns projetos dos parlamentares coligados com o prefeito eleito Junior Matuto(PSB). “É uma questão simples, o que vier da Câmara em defesa do povo eu vou apoiar, se vier algo contra, que eu enxergue que não seja condizente à população, irei refutar”, concluiu.