
Juan Carlos admitiu, em seguida, que "deste lado do Atlântico, temos
visto surgir situaçõs difíceis causadas pela crise econômica e
financeira. Nossas atenções se voltam para vocês. Precisamos da
Ibero-América", disse o rei, que espera "compartilhar a experiência" dos
latino-americanos no combate à crise.
As coisas mudaram que tal forma que o primeiro-ministro espanhol,
Mariano Rajoy, levou bronca do presidente equatoriano, Rafael Correa, ao
explicar as medidas de austeridade, dizendo que os setores mais
vulneráveis da população, entre eles 400 mil equatorianos, foram
protegidos. "É um primeiro passo, mas o problema segue sendo muito
grave", comentou Correa.
Os chanceleres reunidos na cúpula concordaram com a necessidade de
medidas de austeridade, mas argumentaram que elas não levarão ao fim da
recessão sozinhas. A declaração final da cúpula destaca, inclusive, o
compromisso de aplicar políticas contracíclicas, ao contrário do que a
União Europeia tem feito.
Da América Latina, ficou a promessa de oportunidades de negócio para
empresas em construção e expansão, além da oferta de trabalho para
jovens em formação técnica superior.