Foguetes Lançados de Gaza Atingem Arredores de Jerusalém

Antônio Assis
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Pelo menos um foguete lançado da Faixa de Gaza atingiu os arredores de Jerusalém nesta sexta-feira (16). Segundo a televisão israelense, o braço armado do grupo Hamas, que governa a Faixa de Gaza, assumiu a autoria do disparo. Foi a primeira vez que foguetes chegaram perto da capital de Israel desde a Guerra do Golfo, em 1991.

 Os foguetes foram lançados como resposta a continuação da ofensiva do exército israelense em Gaza. Nesta manhã, um ataque aéreo israelense lançou mais de 85 mísseis em menos de 45 minutos na cidade.

 Desde a retomada do confronto entre Israel e o Hamas em Gaza, pelo menos 24 pessoas morreram. Foram confirmadas as mortes de 8 militantes palestinos, 13 civis palestinos e 3 civis israelenses. Mais de 235 pessoas foram feridas, a grande maioria de palestinos.
 A escalada de violência na Faixa de Gaza começou quando Israel iniciou a operação "Pilar de Defesa". Segundo o exército israelense, a operação foi uma resposta de Israel aos mísseis lançados pelos Palestinos. A operação matou Ahmed Jabari, chefe das Brigadas de Ezedin al-Qassamm, braço militar do Hamas. Após a morte de Jabari, o Hamas prometeu revidar.
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 Na quinta-feira (15), dois mísseis lançados por palestinos atingiu as proximidadades de Tel Aviv, a cidade mais populosa de Israel, na primeira vez que a cidade é ameaçada por mísseis desde a Guerra do Golfo. O ataque foi reivindicado pelo grupo Jihad Islâmica, não vinculado ao Hamas.

 Na manhã de sexta, o primeiro-ministro egípcio Hisham Kandil visitou a Faixa de Gaza para tentar costurar uma trégua entre o Hamas e Israel. No entanto, os ataques não cessaram, mesmo durante a visita do premiê egípcio. Kandil criticou a atuação israelense, que qualificou de "agressão", e prometeu intensificar esforços para conseguir um cessar-fogo na região.

 Para as autoridades de Israel, no entanto, ainda é cedo para falar em trégua. Segundo o ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, o país quer "criar um efeito dissuasivo" em Gaza com sua ofensiva. "Israel não ficará satisfeita com um cessar-fogo que será desrespeitado uma ou duas semanas depois", afirmou, em comunicado divulgado à imprensa internacional.


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