Dilma Rousseff Defende Uso 'Responsável' dos Royalties

Antônio Assis
0
Nesta terça-feira (27), em sua coluna semanal "Café com a presidenta", Dilma Rousseff defendeu o uso "responsável" dos recursos dos royalties do petróleo. Dilma tem até esta sexta-feira (30) para decidir se sanciona ou veta o projeto que altera as regras de distribuição dos royalties, alvo de contestação de Estados como Rio de Janeiro e Espírito Santo, que temem perda de receita.

 "A exploração do pré-sal vai significar mais encomendas de bens e serviços no Brasil, criando oportunidades de negócio e de emprego para brasileiros e brasileiras", disse a presidente, ao responder à pergunta de uma engenheira de São Paulo, que questionou sobre a produção de petróleo na camada pré-sal.

 "E usando de forma responsável os recursos dos royalties, teremos um passaporte para transformar o Brasil em um país muito mais desenvolvido e com mais oportunidades para toda a população."
Dilma afirmou ainda que o "pré-sal tornou-se realidade" e já produz mais de 200 mil barris por dia nas bacias de Santos e de Campos, o que significa 10% de toda a produção de petróleo no Brasil. "Até 2016, o pré-sal deverá contribuir com 31% da produção total do Brasil, graças ao investimento da Petrobras e de outras empresas instaladas no país, muitas em parceira com a empresa brasileira. Estes investimentos estão estimados em US$ 93 bilhões, dos quais US$ 69,6 bilhões serão aportados pela Petrobras", disse a presidente.

 De acordo com Dilma, o petróleo do pré-sal é uma "imensa riqueza" que se destaca pelo tamanho e pela qualidade. "O petróleo do pré-sal da Bacia de Santos, por exemplo, tem baixa acidez e baixo teor de enxofre, características valorizadas no mercado", afirmou Dilma.

O projeto que estabelece nova distribuição dos royalties do petróleo foi aprovado pela Câmara no último dia 6 e, ao sem manifestar sobre o tema, a presidenta Dilma Rousseff disse que faria uma análise exaustiva do texto antes de decidir se vetará o texto de forma total ou parcial ou ainda se sancionará o projeto sem mudanças.

Nesta segunda-feira (26), o governo do Rio organizou uma passeata com objetivo de pressionar a presidente a vetar parte da lei que reduz os ganhos dos Estados e municípios produtores de petróleo. Segundo a Polícia Militar, 200 mil pessoas estavam presentes. Manifestantes que acusavam o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), de irregularidades foram agredidos.


Época

Postar um comentário

0Comentários
Postar um comentário (0)