Casal se Recusa a Mudar e Prédio Fica no Meio de Estrada na China

Antônio Assis
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Um cenário inusitado se formou em uma rodovia na China depois que um casal de idosos se recusou a deixar a casa onde vive. A estrada acaba de ser construída em Wenling, na província de Zhejiang, e os moradores de um prédio que existe no local não quiseram assinar acordo para a demolição do imóvel, fazendo com que a construção ficasse no meio da via. Eles afirmaram que a compensação oferecida pelo governo não seria suficiente para arcar com os custos de uma nova casa.

Luo Baogen, de 67 anos, e sua esposa, insistem em viver no prédio parcialmente demolido no centro da estrada. O edifício é o único que restou na região, e o bloco de cinco andares se tornou uma visão estranha com os carros ao redor, enquanto o casal ainda o habita. Para garantir sua segurança, quartos adjacentes ao edifício foram deixados intactos, mas todos os vizinhos se mudaram, segundo a imprensa local.

Luo Baogen olha para a estrada que ainda está para ser inaugurada
Luo Baogen olha para a estrada que ainda está para ser inaugurada
A estrada asfaltada através da vila de Xiazhangyang leva para a estação ferroviária de Wenling e ainda está para ser inaugurada. De acordo com novas leis no país, é ilegal demolir qualquer tipo de propriedade pela força, sem um acordo ou o consentimento do dono. Como demonstra reportagem do site do jornal britânico Daily Mail, Mail Online, proprietários de imóveis na China que recusam a se mudar para abrir caminho para o desenvolvimento são conhecidos como 'proprietários prego', uma expressão popular que refere-se a um prego teimoso que não é fácil de remover de um pedaço antigo de madeira, e que não pode ser simplesmente puxado com um martelo.

Casos parecidos com este já aconteceram algumas vezes na China. Em um deles, uma família não quis deixar a casa que estava em um terreno onde iria ser construído um shopping de seis andares. Os empreendedores, então, cortaram o fornecimento de água e energia da residência e escavaram uma vala de 10 metros de profundidade ao redor do imóvel, que já era da família por três gerações, causando uma reação violenta. 

Abelardo Mentes Jr.
Correio Brasiliense 

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