247 - O governo federal pretende facilitar o acesso
de trabalhadores estrangeiros qualificados ao Brasil. Como o ministro da
Fzenda, Guido Mantega, vem comentando, o governo está de olho em
profissionais de setores estratégicos, como engenheiros e técnicos de
inovação tecnológica. E, para tanto, deve desburocratizar sua entrada e
estímular uma permanência prolongada no País. É a boa notícia que a
presidente Dilma Rousseff carrega em sua viagem a uma Espanha arrasada
pela crise financeira.
A presidente vai participar da 22ª Cúpula Ibero-Americana de Chefes
de Estado e Governo, em Cádiz, no Sul do país, mas segue em seguida para
Madri, onde deve permanecer até o dia 19. As discussões com o rei Juan
Carlos e o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, devem tratar situação dos
brasileiros na Espanha, que costumam enfrentavar dificuldades para
entrar no país. Mas, na atual situação, são os espanhois que precisam de
ajuda.
Para ter uma ideia do drama, a Espanha, que enfrenta taxa de
desemprego de 25%, aprovou nesta quinta-feira um decreto para ajudar as
famílias mais necessitadas a enfrentar o despejo, cada vez mais
frequente devido às recentes demissões. Os despejos serão suspensos por
dois anos para proprietários cujas famílias incluam crianças pequenas,
pessoas incapacitadas e desempregados há muito tempo.
Com um em cada dois jovens espanhois desempregados, é por aí que o
Brasil do 'pleno emprego' deve consolidar em realidade o tema da redação
do Exame Nacional do Ensino (Enem) deste ano: “O movimento imigratório
para o Brasil no século XXI”. São 5,27 milhões os desempregados na
Espanha e, entre os jovens com menos de 25 anos, 51,4% não têm trabalho.
No Brasil, tem.