27 de Novembro é o Dia Nacional de Combate ao Câncer

Antônio Assis
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O câncer é o nome genérico atribuído a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum uma divisão anormal e descontrolada das células dos mais diversos tecidos. À medida em que as células se multiplicam e são acumuladas em certo órgão, formam tumores. Estes podem se espalhar para outros locais do corpo humano.

A origem do câncer depende de fatores internos, geralmente associados a fatores genéticos, ou a fatores externos relacionados ao meio ambiente, como exposição solar, agentes químicos, vírus etc. Os hábitos pessoais considerados nocivos como o tabagismo, por exemplo, também podem ocasionar o surgimento deste mal. Normalmente, à medida em que envelhecemos aumenta a probabilidade da doença. Contudo, pessoas cada vez mais jovens também têm sido acometidas.
Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo no número de câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que, no ano 2030, ocorrerão 27 milhões de casos e de 17 milhões de mortes pela doença em todo o mundo. No Brasil, a estimativa para o ano de 2012 aponta à ocorrência de, aproximadamente, 518.510 novas vítimas. Os tipos mais incidentes serão os cânceres de pele não melanoma, próstata, pulmão, intestino e estômago para o sexo masculino. Já nas mulheres, os tipos mais ocorridos são de pele não melanoma, mama, colo do útero, intestino e glândula tireóide.

A prevenção do câncer nem sempre é possível, mas a adoção de hábitos de vida saudáveis, como a prática de exercícios físicos regulares, alimentação rica em fibras e pobre em gordura animal, além do abandono dos hábitos como o tabagismo e o excesso de álcool, podem diminuir a chance de surgimento da doença. Atualmente, sabe-se que vacinas contra a hepatite B e contra o papiloma vírus humano (HPV) são eficazes na redução do risco contra o câncer do fígado e do colo uterino, respectivamente.


A detecção precoce do câncer é capaz de aumentar, significativamente, as chances de cura. Infelizmente, nem todo câncer é passível de ser rastreado em sua fase inicial. Atualmente, os tumores para os quais existem programas de rastreamento com eficácia comprovada são: mama, intestino e colo uterino. Cânceres de próstata e de pulmão merecem uma discussão cuidadosa com o médico sobre o benefício dos testes de rastreamento. Para os outros tumores, recomendam-se visitas periódicas ao médico, principalmente, em pessoas com histórico familiar da doença.

 Nos casos já diagnosticados, a associação de cirurgias cada vez mais precisas, de radioterapia com técnicas menos agressivas e mais efetivas, e de medicamentos (quimioterapia) cada vez mais específicos e com menos efeitos colaterais, têm proporcionado uma maior chance de cura. Nos casos de pacientes com câncer em estágios avançados, esses tratamentos visam à melhora da qualidade de vida.


Alexandre Sales
Oncologista do Hospital São Marcos

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