AE - No jogo entre Atlético-MG e Grêmio, dia 23 de
setembro, em Belo Horizonte, Ronaldinho Gaúcho ergueu demais o pé numa
dividida com Kléber. O árbitro Heber Roberto Lopes, perto do lance,
apenas pediu calma ao atleticano, mas considerou que sequer falta houve.
Mas o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) tem ideia
diferente.
Nesta terça-feira, a Segunda Comissão Disciplinar do STJD julgou
Ronaldinho Gaúcho com base em um vídeo do jogo e decidiu punir o meia do
Atlético-MG com uma partida de suspensão – todos os votos foram
favoráveis à punição. Com isso, ele não pode pegar o Inter, nesta
quarta-feira, em Porto Alegre, para onde já viajou com o elenco
atleticano.
O julgamento ainda poderia ter sido pior para Ronaldinho, que
inicialmente havia sido denunciado por agressão. Ele acabou punido por
“jogada violenta”. Assim, só deverá voltar ao time domingo, contra o
Sport, no Independência. Isso se o Atlético não conseguir um efeito
suspensivo até antes do jogo contra o Inter.
“Entendemos que não houve jogada violenta. Ele sequer suja a camisa
do atleta do Grêmio. Ninguém do Grêmio reclamou, o jogo continuou
normalmente. Não houve violência alguma. O árbitro interpretou que não
foi caso de falta ou de cartão amarelo, muito menos de expulsão”,
reclamou o advogado João Avelar, do Atlético.
O técnico Cuca também foi julgado nesta terça-feira pelo SJTD. O
treinador foi expulso deste mesmo jogo, mas acabou inocentado, uma vez
que na súmula consta apenas que ele gesticulou excessivamente e reclamou
da não marcação de duas faltas.
Heber Roberto Lopes também poderia ter sido punido, por não ter
marcado nada no lance da suposta “jogada violenta” de Ronaldinho Gaúcho
contra Kléber. Mas o árbitro acabou inocentado.