Desemprego em Setembro Registra Leve Alta na RM

Antônio Assis
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Leonardo Lucena_PE247 – A taxa de desemprego na Região Metropolitana do Recife (RMR) registrou uma ligeira alta ao longo do mês de setembro. O índice subiu de 12,3% para 12,6% da População Economicamente Ativa (PEA) na comparação entre agosto e setembro deste ano, segundo pesquisa realizada pela Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Dos quase dois milhões de pessoas (1.808 mil) que integram a PEA,  228 mil estão desempregadas e 1,58 milhão ocupadas, um aumento de 3,2% e 0,4%, respectivamente.
De acordo com o coordenador de pesquisas do Dieese, Jairo Santiago, este leve decréscimo na taxa de desemprego não reflete uma “queima” de ocupações. “O fato é que tivemos 14 mil pessoas saindo da inatividade e migrando para a PEA. Sendo que dessas 14 mil, sete mil conseguiram ocupações. Então esse pequeno declínio no índice de desemprego não é por conta de demissões, mas sim porque a procura foi maior do que a oferta”, avalia.

Ele ressalta, porém, que estar desempregado não significa estar fora da PEA, pois somente os inativos não se enquadram neste quesito. “No entanto, o comportamento anual é positivo, pois em setembro de 2011 estávamos com uma taxa de 13,9%”, acrescenta Santiago.
O nível de ocupação subiu principalmente por conta do setor de comércio e de reparação de veículos, cujo número de empregados passou de 337 mil para 344 mil, um aumento de 2,1%. Em segundo lugar, vem a Construção Civil, que empregou mais dois mil trabalhadores (saindo de 129 mil para 131 mil), representando uma subida de 1,6%. Em seguida, está a Indústria de Transformação, que atraiu mais duas mil pessoas (142 mil para 144 mil), o equivalente a uma alta de 1,4%.
“Tivemos um forte crescimento de ocupações no setor de comércio. Os estudantes são os maiores responsáveis por esse crescimento. Eles estão correndo atrás de cargos temporários”, disse o dirigente. Já o setor de serviços teve baixa de 0,2% (939 mil para 937 mil).
Ainda em relação ao contingente de ocupados, a pesquisa também mostra que o número de assalariados subiu 0,5%, passando 1, 03 milhão para 1.04 milhão, de modo que houve um aumento de 0,7% no setor privado (835 mil para 841 mil) e declínio de 0,5% no setor público (200 para 199 mil).
“Isso é fruto de questões como aposentadorias e diminuição de empregos em cargos comissionados que impactam no setor público. No caso do setor privado, isso se deve aos vários investimentos que o governo vem materializando em parceria com a iniciativa privada”, diz Santiago.
Quantos aos empregados domésticos, o nível de ocupação passou de 129 mil para 131 mil, um acréscimo de 1,6%. No segmento dos trabalhadores autônomos, o aumento foi de 3,4%, pulando de 297 mil para 307 mil. “O trabalhador vem aumentando sua renda, seu poder de compra. E este cenário favorece o aumento de pessoas que trabalham de forma autônoma”, explica Santiago.

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