Rodrigo Passos
Trabalhando com as cores para construir o futuro. É nesse prisma que o
Movimento Social e Cultural Cores do Amanhã realiza oficinas no bairro
do Totó, nas proximidades do Complexo Prisional Aníbal Bruno, na Zona
Oeste do Recife. Embora o cenário não seja dos mais apropriados, já que é
circulado pelo presídio e pelo Cemitério Parque das Flores, as
atividades ganham cada vez mais cores, demonstrando que não existem
barreiras para transformações sociais. O grupo foi formado em março de
2009 e é composto por artistas plásticos e arte-educadores, com o
objetivo de atender crianças, adolescentes, jovens moradores da
comunidade. Lá, são realizadas atividades que acarretem na inclusão
social, formação e participação cidadã.
“Moramos em uma vila que tem um presídio. Sendo assim, vimos muitas
crianças se vendendo para isso. E também vimos muitos meninos sendo
presos”, contou Jouse Barata, coordenadora do movimento. Os trabalhos
começaram no terraço da casa dela, na rua Carolina Martins Sobral. Nesse
período as atividades eram realizadas somente nos fins de semana, com
oficinas de pintura, desenho e festas em datas comemorativas. Mas a
demanda de crianças foi aumentando, e com ela, o reconhecimento do
trabalho dentro da própria comunidade.