Rubro-negros comemoram o gol de empate
Foto: Gabriel Borges/Diário do Vale/Futura Press
NE10
Num jogo em que mostrou mais organização tática que seu adversário, o Sport arrancou um bom empate por 1x1 diante do Flamengo, nesta quinta-feira (30), no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. O resultado poderia ser melhor se o time da Ilha acertasse mais o passe final. No próximo domingo, os rubro-negros recebem o Santos, no Recife. O resultado vez a equipe subir apenas uma posição - 19ª para 18ª - mas ainda dentro da zona de rebaixamento. O jejum de vitórias aumentou para 11, mas o de gols, que chegava a sete, chegou ao fim.
O Sport não postou-se em seu campo defensivo nos primeiros minutos. Pelo contrário, procurou marcar o Flamengo do meio de campo para frente, uma boa estratégia que deixou o artilheiro Vágner Love isolado. O time pernambucano só pecou na afobação para armar as jogadas, pois seus meias queriam fazer a bola chegar rápido demais ao ataque.
Só que os leoninos também encontraram um time bem postado em campo. O Flamengo marcava forte e procurava explorar o jogo pelos lados do campo. Numa primeira investida pela direita, Leonardo Moura cruzou e Negueba cabeceou para fora. Na segunda tentativa, pela esquerda, o gol saiu. Thomás cortou da lateral para o meio e rolou para Ibson na altura da meia-lua. O camisa 7 chutou forte, no canto direito, sem defesa para Magrão.
Por alguns minutos, o time mostrou o nervosismo de outros jogos quando tomou o gol de frente. Mas conseguiu se reequilibrar logo e arrancar o empate com uma grande jogada de Moacir e a ajuda da trave. Hugo recebeu no lado esquerdo do volante e chutou cruzado. A bola bateu na trave e nas pernas de Felipe Azevedo, que entrava de carrinho: 1x1. O jejum de ste jogos sem gol chegava ao fim.
O empate refletia o equilíbrio no momento. E equilíbrio ilustrado por muitos passes errados, jogadores correndo mais que a bola e pouquíssimo trabalho para os goleiros. Tanto Sport quanto Flamengo não jogavam agrupados. Assim, eram obrigados a jogar no passe longo, o que facilitou as duas defesas. Aí, melhor para quem atua fora de casa.
O time leonino voltou para o segundo tempo com a mesma formação e mesma aplicação tática do final do primeiro. Tanto que o primeiro lance de perigo foi do Sport. Aos seis minutos, Hugo fez grande jogada pela esquerda e cruzou rasteiro. Felipe Azevedo apareceu e completou para fora.
Vendo seu time impotente, o técnico Dorival Júnior fez uma mudança ousada. Tirou o volante Cáceres para acionar o atacante Liédson. É verdade que o time ficou com mais gente na frente. Mas abriu-se um buraco no meio de campo que facilitou a vida de Moacir. Quase todas as jogadas saíram dos pés do camisa 28 ao ponto de permitir que Hugo ficasse mais próximo dos atacantes.
O Sport mudou a dupla de ataque, assim como fizera no clássico contra o Náutico. Entraram Henrique e Gilberto nos lugares de Felipe Azevedo e Gilsinho. Os pernambucanos continuaram melhores, com mais posse de bola. Faltava acertar o passe final. Para corrigir seu erro, Dorival sacou Negueba para reforçar o meio de campo com Botinelli.
A alteração melhorou um pouco o time da casa. Se não conseguiu encurralar o Sport, ao menos tirou a equipe de cinza de perto de sua área. Aos 27, Leo Moura cruzou da direita e Liédson bateu de voleio. Magrão apareceu bem para defender. A resposta do Sport poderia ser mais contundente se a assitente Tatiana Freitas não marcasse um impedimento de Hugo de forma equivocada aos 32 quando o jogador do Sport entrava sozinho na área.
O Flamengo respondeu instataneamente. Adrian rolou para Botinelli chutar cruzado. Magrão cresceu na frente dele e salvou a pele do Sport mais uma vez. A essa altura, os cariocas já rondavam perigosamente a área dos leões. Também contribuiu a queda de rendimento de Hugo, visivelmente cansado e sem condição de dar sequência a uma jogada.
Nos últimos minutos os dois times procuraram a vitória mais no desespero do que na técnica. Assim, facilitaram a vida das duas defesas. O Sport ainda teve uma dose de sofrimento extra nos acréscimos após a expulsão de William Rocha aos 44 por entrada forte em Leo Moura.
Ficha do jogo:
Flamengo: Felipe; Leonardo Moura, Welinton, Marlon e Ramon; Víctor Cáceres (Liédson), Luiz Antonio, Ibson e Thomás (Adrian); Negueba e Vágner Love. Técnico: Dorival Júnior.
Sport: Magrão; Cicinho, Diego Ivo, Edcarlos e William Rocha; Renan (Tobi), Rithely, Moacir e Hugo; Felipe Azevedo (Henrique) e Gilsinho (Gilberto). Técnico: Waldemar Lemos.
Local: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). Árbitro: Ricardo Marques (Fifa-MG) Assistentes: Alessandro Matos (Fifa-BA) e Tatiana Freitas (Fifa-RS). Gols: Ibson, aos 13; Felipe Azevedo, aos 20 do primeiro tempo. Cartões amarelos: Vágner Love, Rithely e Henrique. Expulsão: William Rocha.