Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Verônica Falcão
JC Online
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Do machado à enxada. No lugar de derrubar árvores, agora José Isaías Avelino, 43 anos, planta mudas de mata atlântica numa reserva de Lagoa dos Gatos, no Agreste de Pernambuco, a 130 quilômetros do Recife. Ele é um dos cinco agricultores da região contratados para projeto de reflorestamento da Fazenda Pedra D’Anta, com 362 hectares, que abriga dez espécies de aves ameaçadas de extinção, quatro restritas ao Nordeste.
José Isaías revela sem constrangimento que cortava copaíbas, sucupiras e praíbas para dar lugar à cana-de-açúcar. “Claro que tinha pena, muitas plantas a gente usa em remédios caseiros, mas era para isso que me pagavam”, lembra o trabalhador rural, recrutado pela ONG Associação para Proteção da Mata Atlântica do Nordeste (Amane).
O projeto, iniciado em junho, prevê a recomposição de cinco fragmentos que totalizam 15 hectares antes ocupados por canaviais e pastagem. “São áreas contíguas à floresta da reserva. A fazenda tem 362 hectares, mas só 320 são de mata”, informa o engenheiro agrônomo Leonardo Rodrigues, responsável técnico pelo reflorestamento.
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