Carlos Chagas
Tem-se a impressão de que a tática da presidente Dilma para enfrentar o atual surto de greves é vence-las pelo cansaço. Pode não ser bem assim, já que novas categorias do serviço público vem aderindo ao movimento, sem que as anteriores tenham desistido. A ameaça de cortar o ponto dos grevistas parece não se ter concretizado e as negociações do governo com eles dão a impressão de não andar. O perigo está na desmoralização do poder público, além dos óbvios prejuízos para a população. Dos países do BRICS, somos o único a enfrentar paralisações desse vulto: mais de 150 mil servidores públicos de braços cruzados.
As greves terão sido um dos temas da demorada conversa entre Dilma e Lula, segunda-feira, em São Paulo, ignorando-se, porém, qual o conselho dado pelo ex-presidente.