Dilma Não Quer que o Governo Pare

Antônio Assis
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BRASÍLIA (Folhapress) - O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse ontem que a presidente Dilma Rousseff (PT) orientou seus ministros a “seguirem trabalhando com muita seriedade” durante o julgamento do mensalão e afirmou ter “confiança” no trabalho do Poder Judiciário. “Nós seguiremos trabalhando. A orientação da presidenta Dilma é que o Governo não pare, que não faça nenhum tipo de ação que não seja voltada para que a máquina siga funcionando”, disse. 

Gilberto Carvalho, que é filiado ao PT, foi chefe de gabinete do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele, no entanto, não quis comentar o impacto do julgamento para o partido. “O PT tem um porta voz. É ele que vai falar”. O ministro afirmou ainda que está confiante no trabalho que será feito pelo Poder Judiciário, mas evitou responder se este será um “julgamento político”. “O Judiciário vai fazer a parte dele. Nós temos confiança no Poder Judiciário”, disse.
ATAQUES
O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (PT-SP), divulgou, ontem, uma nota e concedeu entrevistas com ataques a setores da mídia. Segundo o petista, o mensalão foi “uma farsa, uma jogada de marketing” de parte da oposição e de grande parte da “mídia conservadora” para atingir o PT e forças progressistas. Para o líder, os réus do processo “sofrem ataques contínuos e planejados por setores da mídia, que já os condenou de maneira sumária, conforme seus interesses políticos e ideológicos”. 

Tatto disse que a cobertura da mídia do início do julgamento tem um “clima de caça às bruxas contra o PT, mantendo uma pressão indevida para que os ministros do STF ajam de acordo com a vontade de uma elite que gostaria de ganhar no tapetão as eleições do País”. O petista disse ainda que a acusação do Ministério Público Federal de que houve compra de votos não se sustenta. 

“Não procede, não houve compra de votos no Congresso Nacional, tampouco pagamentos a parlamentares para votarem a favor do Governo. O chamado mensalão é uma farsa criada por setores conservadores aliados a partidos da oposição visando atacar o PT e as forças progressistas”. Tatto afirmou que o partido não deve ser prejudicado nas eleições municipais de outubro. “O povo conhece o PT. O povo não se pauta por isso”, disse.

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