Diário de Pernambuco
O blues brasileiro e mundial pedeu, na manhã desta segunda-feira, um dos expoentes do gênero musical. Celso Ricardo Furtado de Carvalho, conhecido no mundo artístico como Celso Blues Boy, morreu em função de um câncer na garganta. Ele tinha 56 anos e morava em Joinville, Santa Catarina
Cantor, compositor e guitarrista, Celso Blues havia tocado com lendas mundiais do ritmo, como B.B. King, a quem homenageou com a escolha do nome artístico. O prestígio internacional alcançado durante a carreira lhe valeu a inclusão na lista dos 20 maiores guitarristas da história em seleção feita pela revista Backstage. No Brasil, ele fez parceira com Raul Seixas, Sá & Guarabira, Renato e seus blue Caps e Luiz Melodia.
Celso começou a carreira na década de 1970, aos 17 anos. Demonstrou a habilidade com a guitarra nas bandas Legião Estrangeira e Aero Blues - tido como o primeiro grupo de blues brasileiro. Na década seguinte, estourou. A carreira solo deslanchou com o lançamento do álbum Som na guitarra, em 1984, de onde saiu a música Aumenta que isso aí é Rock’nn Roll. Na década seguinte, ganhou o mundo. Estreitou a amizade musical com B.B. King, com participação na gravação da faixa Mississipi, do álbum Indiana Blues, do norte-americano.
O último CD de Celso saiu do forno no ano passado. Por um monte de cerveja contou com a participação dos integrantes da banda Detonautas. Os músicos teriam ficado impressionados com a performance de Celso durante show no Garanhuns Jazz, realizazdo em 2010. O disco contém 13 canções. Entre elas, Beth Carvalho quer comprar meu fuscão e Odeio Rock’n Roll.