Depois de visitar o diferenciado gabinete do senador Jarbas Vasconcelos, em Brasília, no último mês de março, tratando, oficialmente, da liberação de US$ 500 milhões do Banco Mundial para Pernambuco, Eduardo Campos deu um passo à frente na intimidade com o ex-governador, ontem, e foi até a casa dele, no Bairro do Recife. O socialista, sem agenda pública, também compareceu, entre 15h e 16h, ao velório de familiar da secretária executiva das Cidades, Ana Suassuna. No fim da tarde, a visita a Jarbas foi de cortesia, nada de deliberação específica, destinou-se mais a uma troca de impressões. Os dois, que passaram 20 anos com as relações rompidas, estão reconstruindo, aos poucos, a velha amizade. Desde que retornaram de São Paulo, na última quinta, havia expectativa de um encontro. De lá para cá, houve sucessivas convenções e o peemedebista, sob cuidados médicos, pós-cirurgia cardíaca, manteve-se longe das movimentações mais intensas. A aliança, recém-firmada entre os dois, tem mais a ver com o atacado, mais voltada ao plano nacional que ao varejo local. O ousado passo de Eduardo, ao consolidar, desde já, uma coligação com o PMDB de Jarbas, começa a ganhar contornos mais nítidos, o que o PT ainda não digeriu.
Ainda em 2010 - Quando Jarbas e Eduardo se enfrentaram, em 2010, o Palácio encomendou pesquisa que apontava a credibilidade de Jarbas tão alta que era totalmente contra-indicado que o socialista “batesse” no adversário. Por conta disso, o governador não queria nem mover a ação criminal retirada, há pouco, contra o peemedebista. Mas o comando da campanha, à época, achou que era preciso dar uma resposta.
Entre a cruz e a espada
Suplente do senador e candidato a prefeito, Humberto Costa (PT), Joaquim Francisco integra as hostes socialistas e, naturalmente, torce pelo candidato do PSB, Geraldo Júlio. Semana passada, em evento do Sindicombustíveis, no restaurante Adega, Joaquim descrevia sua situação como a de quem está “lutando contra si mesmo”
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